Prisão Fabiano Piovesan: Polícia conclui inquérito
Prisão Fabiano Piovesan: Polícia conclui inquérito
Atualização de 07/06/2016 Empresário preso em operação da Polícia Civil é posto em liberdade
Depois de 10 dias a Polícia concluiu o inquérito envolvendo a prisão do empresário Fabiano Piovesan, dono da empresa Gasoxi de Joaçaba. Fabiano está sendo indiciado pelo Artigo 273 do Código Penal, falsificar, corromper, adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais com os agravantes do inciso I: sem registro quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente. II: sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização e IV: de procedência ignorada. O empresário permanece preso. De acordo com Daniel Régis, delegado Regional, quatro pessoas foram investigadas durante a operação, sendo que foi reconhecida culpabilidade apenas do empresário Fabiano “ o crime é hediondo, a pena é entre 10 a 15 anos. Além de toda a investigação, ouvimos dois médicos, um intensivista, que trabalha numa UTI, e um pneumologista. Ambos foram categóricos ao afirmar que as condições em que o oxigênio era envasado e comercializado pela empresa poderiam agravar o quadro e até mesmo levar a óbito algum paciente”. Afirmou o delegado. Nas investigações a polícia identificou que a empresa não tinha licença para envasar e nem transportar o oxigênio e que fazia isso há pelo menos cinco anos. Os cilindros com gás medicinal eram vendidos para hospitais, secretarias de saúde e bombeiros, que compravam acreditando na procedência do produto. “Enquanto um cilindro de 1m³ (um metro cúbico) de oxigênio era vendido por outras empresas com valor entre R$ 120,00 e R$ 135,00, A empresa de Fabiano o fazia por 20% menos. As vendas eram feitas através do sistema de disputa de preço e como as compras ficavam abaixo de valores que exigem licitação era mais complicado identificar irregularidades”. Explicou o delegado. O Instituto Geral de Perícias (IGP) de Joaçaba, realizou várias análises que também compõe o inquérito. De acordo com o perito e doutor em química João Barneche, gerente regional do IGP, o local, bem como da procedência e condições do material utilizado, demostram uma situação totalmente irregular. “Cilindros cinzas que são de outro tipo de gás eram pintados na cor verde com tinta óleo para o envase do oxigênio. As válvulas utilizadas para fechar estavam oxidadas representando risco de contaminação e proliferação de bactérias. Não foi possível ainda apurar a procedência do oxigênio, sem contar, que no local onde estava armazenado e era envasado, haviam animais, ração, e até mesmo pulverizador e embalagens de pesticidas” Comentou o perito. A policia recebeu informação que em Tangará há cilindros do gás medicinal comercializado pela empresa e vai recolher o material. “Por enquanto não há registro comprovado de agravo de casos clínicos ou óbitos em decorrência da utilização desse oxigênio medicinal revendido pela empresa, mas se houver indícios é possível sim que haja investigação. Por hora, o inquérito concluído será encaminhado ao judiciário". Finalizou o delegado. Quanto a parte do gás industrial, a empresa Gasoxi segue com suas atividades normalmente. No vídeo, o Delegado Regional Daniel Régis fala sobre a conclusão do inquérito.
O Delegado Regional Daniel Régis fala sobre a conclusão do inquérito que apura irregularidades no envase e venda de gás medicinal por uma empresa de Joaçaba. Todos os detalhes no link: http://www.ederluiz.com.vc/prisao-fabiano-piovesan-policia-conclui-inquerito/ Publicado por Éder Luiz em Segunda, 29 de fevereiro de 2016
Perito João Barneche doutor em química e gerente regional do IGP de Joaçaba aponta as irregularidades encontradas no envase de gás medicinal da empresa de Fabiano Piovesan. Polícia concluiu o inquérito. Relembre o caso clicando no link: http://www.ederluiz.com.vc/fabiano-piovesan-ex-politico-e-preso-em-joacaba/ Publicado por Éder Luiz em Segunda, 29 de fevereiro de 2016