A cura pela fé

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Há sete anos, o Padre Levi José Schlindwein, da Igreja Católica Apostólica Sagrada Família, localizada no Bairro João Winckler, realiza um trabalho de cura pela fé, através de cirurgias espirituais. Todas as quartas-feiras, sem horário marcado, fiéis a procura de um consolo para seus males buscam o atendimento. Seguindo todos os preceitos religiosos da Igreja Católica Apostólica, o padre Levi explica que não é preciso a pessoa acreditar para ser curada, pois Jesus curava as pessoas sem que elas acreditassem, apenas depois ele dizia ‘foi a tua fé que te curou’. “Evidente que se a pessoa acreditar, o êxito será maior”, recomenda o padre.

Segundo padre Levi, o trabalho de cura através das cirurgias espirituais começou por acaso, quando ele tinha 19 anos de idade e ainda morava na sua cidade natal, São Miguel d’Oeste. “Eu estava na casa de um amigo, Ademir Zanatta, que hoje mora no Mato Grosso. Na época, ele tinha um caroço atrás da orelha e eu, do nada, disse que iria resolver o problema. Assim, peguei uma lixa de unha da irmã dele, o primeiro instrumento que estava ali por perto, e fiz o ‘corte’. O procedimento resolveu o problema. Eu não tinha a menor noção do que seria uma cirurgia espiritual e como ela se realizava, mas foi bom e resolveu”. Mesmo por acaso, a inspiração, conforme conta o padre Levi, foi de Deus. “Sem dúvida, como tudo que acontece em nossas vidas, a inspiração veio de Deus. Do nada, como eu disse, eu falei para ele ‘deixa que eu resolvo o seu problema’ e peguei o primeiro instrumento e fiz o ‘corte’ atrás da orelha. Inclusive, no início, ele ficou sentido, pensando que eu havia mesmo cortado, porque ele teve a nítida certeza que uma faca teria sido passada no local. Então, sem dúvida, foi uma inspiração divina”. Sem cortes O corte, como denomina o padre, trata-se na verdade de um procedimento sem instrumento cortante, é indolor e que, em aproximadamente 20% dos atendimentos, deixa na pele apenas o sinal de um risco, como se tivesse sido feito realmente um corte, e, até mesmo, de pontos cirúrgicos. “É bom frisar que é uma cirurgia sem corte, sem dor, mas com um efeito maravilhoso”. O padre que realizou a primeira cirurgia com 19 anos de idade hoje está com 43 anos, mas somente há sete anos é que realiza de fato o trabalho. “Passaram-se muitos anos e eu não exerci essa função, digamos assim. Mas, com o meu sacerdócio, eu busquei um trabalho paralelo de ajudar as pessoas”. Sobre quantas pessoas já passaram pelo processo de cirurgia espiritual, padre Levi relata que não sabe especificar em números, pois nestes sete anos nunca se preocupou em registrar, mas salienta que são muitas pessoas e o êxito se dá em aproximadamente 80% dos casos. Apesar dos altos índices de cura mencionados pelo padre Levi, a orientação dele aos doentes é que continuem seguindo as orientações dos médicos que acompanham seus tratamentos médicos. “Eu não tenho nenhum problema com os médicos, nunca respondi a nenhum processo e nunca foi investigado por conta do trabalho que faço, até porque eu tenho muito cuidado neste sentido. Eu não receito nenhum medicamento, apesar de ter conhecimento de homeopatia, portanto eu não caio em charlatanismo, eu simplesmente faço um trabalho de fé, paralelo ao sacerdócio”. Sobre a medicina, Padre Levi explica que até poderia buscar conhecimento de várias formas, através da internet, cursos, ou ainda através de conversas com médicos, mas para ele, o importante e continuar sendo autêntico durante as consultas. “Eu não estudo medicina e eu não busco informações sobre esses assuntos justamente para que tudo aquilo que eu fale ou que eu faça realmente sejam inspiração divina”. Definição de espiritual Apesar das cirurgias serem definidas como espirituais, Padre Levi deixa claro que ele não faz parte da religião espírita, mesmo tendo um grande respeito por Chico Xavier, a quem ele define como exemplo de caridade e dedicação ao próximo. “Chamamos de cirurgia espiritual porque é o espírito santo que faz esta cirurgia. Eu não tenho conhecimento para fazer esse trabalho, sou um mero instrumento de Deus, do Divino Espírito Santo”. Como dica, para ter uma boa saúde, o padre recomenda pensamentos positivos para o dia-a-dia de cada um de nós. “Nós, seres humanos, temos três coisas na ponta da língua – eu não sei, eu não consigo e eu não posso-, ideias que nos deveríamos banir das nossas vidas e usar sempre – eu sei, eu posso e eu vou conseguir -, com ou sem a ajuda de alguém, porque se eu não acreditar na minha capacidade de superação quem vai acreditar?”. Referente ao espírito santo, padre Levi esclarece que é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, ou seja, o pai, o filho e o espírito santo, três pessoas distintas numa só e espíritos somos todos nós. “Espíritos somos todos nós que habitamos hoje um corpo. Depois de deixarmos esse corpo quando desencarnarmos ou na hora da morte- como muitos conhecem-, ai vamos para um plano espiritual, onde viveremos eternamente E, que fique bem claro, as cirurgias não são realizadas por nenhum espírito de luz ou que tenha permissão de vir e sim pelo espírito maior que é o Espírito Santo”. O padre ressalta que não faz adivinhações. Geralmente, as pessoas procuram o atendimento, relatam seus problemas e, através de uma conversa, ele busca a origem do problema. “Por inspiração divina, buscamos a origem do problema, seja ela no estômago, na cabeça ou em qualquer outra parte do corpo. Depois, se necessário, é feito a cirurgia espiritual ou, apenas é feito uma benção, que muitas vezes já resolve o problema. Mas aqui não fazemos adivinhações, a pessoa não senta na frente do padre e ele começa a dizer o quê ela tem, com Deus não existem adivinhações”. Como sacerdote, padre Levi alerta que ‘a hora está chegando’. “O filho do Homem disse que ele voltaria e os discípulos perguntaram como eles saberiam. Jesus respondeu que ‘vocês percebem quando as folhas estão caindo, sinal que o inverno se aproxima’ e tudo isso que está acontecendo a nossa volta é porque o Filho do Homem está voltando. A grande mensagem como sacerdote é que nós nos preparemos para este momento porque Jesus disse, ‘dois estarão numa lavoura e um será colhido e o outro não, o outro ficará. Dois estarão sob um telhado e um será recolhido e o outro permanecerá’. Então, nós precisamos nos preparar independente da nossa religião, da crença religiosa, nós precisamos nos preparar para este momento em que o Filho do Homem virá e que não vai tardar”. Questionado sobre qual cura teria marcado sua trajetória, o padre deixa claro que nenhuma cura é mais importante que a outra, pois perante Deus todas são iguais. Mas para ele, alguns casos são guardados com carinho na sua memória como, por exemplo, de mulheres que antes da cirurgia espiritual tentaram várias formas para conquistar a maternidade e nunca conseguiram. E, depois da cura divina elas tiveram seus filhos. “Carinhosamente, quando elas vêm trazer seus filhos para uma benção elas dizem, num bom sentido, ‘olha o seu papai ai’, então é algo que emociona e, principalmente, gratifica saber que através de uma cirurgia espiritual é possível alegrar uma família pela graça de Deus”. Contato: Pe. Levi José Xanxerê - Fone: (49) 3431-1981

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