Acadêmico de Publicidade e Propaganda coordena projeto que corrige redações de forma gratuita

Estudantes interessados em terem suas redações corrigidas devem entrar em contato pelo Instagram.

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Davi, Amanda e Danielly
Davi, Amanda e Danielly

Ser um profissional qualificado e ao mesmo tempo contribuir com a sociedade em que está inserido. Esse é o propósito de vida do jovem Davi Alexandre Schoenardie, que cursa a 3ª fase do curso de Publicidade e Propaganda da Unoesc com bolsa integral do Programa Universidade para Todos (ProUni) e coordena o projeto “Escola Pública Presente”. A iniciativa mobiliza jovens de todas as regiões do Brasil que, de forma voluntária, corrigem redações de estudantes de escolas públicas brasileiras. Isso oportuniza que estes estudantes tenham mais condições de acesso ao Ensino Superior.

A ideia teve início em setembro de 2020 pela acadêmica de Direito da Universidade Estadual do Piauí (ESPI), Maria Danielly do Nascimento Mesquita. Inicialmente como voluntários de correção, Davi e Amanda Lima, alguns meses após o início, passaram a integrar a liderança do projeto e abraçar a causa levantada pela jovem.

Até o momento, já foram mais de 70 redações corrigidas e aproximadamente 900 estudantes de 16 Estados e do Distrito Federal impactados de forma indireta. A correção das redações é feita de forma on-line e gratuita, por meio de um cadastro que o estudante interessado pode realizar no formulário disponível na página do Instagram do projeto.

— Muitos estudantes não compreendem a estrutura textual do gênero dissertativo-argumentativo ou mesmo não sabem interpretar o tema sem fugir do escopo. São assuntos, para muitos algo tão banal, que muitas vezes não chegam até os estudantes em vulnerabilidade social. O projeto vai além da correção tradicional, trabalhando com explicações específicas de como o estudante pode melhorar os aspectos avaliados e como podem explorar a criatividade ao seu favor na construção de seus argumentos — explicou Davi.

Imagens: Voluntários que participam do projeto

Davi menciona dados do Ministério da Educação (MEC) sobre a redação do ENEM 2020, que teve como tema “O Estigma Associado às Doenças Mentais na Sociedade Brasileira”. De acordo com dados divulgados, cerca de 87 mil redações de estudantes brasileiros foram zeradas. Em contraste, estudantes que enviaram suas redações para o projeto no ano passado já obtiveram notas acima de 800 pontos na redação do exame.

Além disso, recentemente foi corrigida uma redação de um aluno autista, o que mostra que o propósito inclusivo do projeto tem se cumprido. Para romper as barreiras que ainda impedem os estudantes de ingressarem no ensino superior, a ideia agora é aplicar cada vez mais o conhecimento obtido no curso de Publicidade e Propagada nas estratégias de divulgação, para que mais estudantes saibam da iniciativa.

Imagens: Voluntários que participam do projeto

— Trabalhamos com o projeto no Instagram e tenho utilizado o conhecimento a respeito de criação de conteúdo, planejamento estratégico, táticas de mídia e alcance de público para que as informações cheguem a quem precisa. Os professores vêm contribuindo bastante para alcançar esse propósito e com o avançar das disciplinas, irei colocar mais conhecimento em prática — afirmou Davi.

O coordenador do Curso de Publicidade e Propaganda da Unoesc, professor Paulo Ricardo dos Santos, parabeniza o jovem e demais envolvidos. Ele ressalta a importância do protagonismo juvenil na sociedade.

— A Unoesc é uma universidade comunitária que desenvolve muitas ações nas regiões em que está inserida e isso vai ao encontro do projeto coordenado pelo acadêmico Davi. Desejamos que o conhecimento adquirido no curso possa continuar agregando ao seu projeto para que possa continuar fazendo a diferença — ressaltou o professor.

Imagens: Voluntários que participam do projeto

Fonte:

Alessandra de Barros/Ascom Unoesc

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