Acusada de matar a irmã em Concórdia é condenada a 21 anos de prisão

Crime aconteceu em abril do ano passado. Corpo de vítima foi encontrado amarrado e com dois tiros.

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Pessoas que assistiram o Júri vestiram camisetas com a imagem de Andreia
Pessoas que assistiram o Júri vestiram camisetas com a imagem de Andreia

A Justiça de Concórdia realizou nesta terça-feira (30) o julgamento popular da mulher acusada de matar a própria irmã, Andréia de Oliveira, em Concórdia. Também um homem foi julgado. Cristiane de Oliveira foi condenada a 21 anos e 6 meses de prisão. Seu marido, a 3 anos e 6 meses, convertido em prestação de serviços. 

O corpo foi encontrado no dia 20 de abril do ano passado nas margens da BR 153 na região da entrada para Linha Kaiser (Cristiane e o filho, menor, pararam carro na rua Marcelino Ramos e colocaram Andréia, que estava voltando de jogo na SER Sadia a pé, dentro do veículo. Rodaram até a Linha Guarani onde as mãos dela foram amarradas com fita crepe. Rodaram até Alto Bela Vista onde os documentos e pertences de Andréia foram jogados fora. E depois, até a BR 153, local do assassinado e desova). O corpo, que estava com as mãos amarradas e com dois tiros em um barranco, acabou localizado por um catador de latinhas. Andréia estava dada como desaparecida e havia procura por dois dias.

O Ministério Público, seguindo a linha da investigação policial, denunciou Cristiane de Oliveira por homicídio com três qualificadoras e por ocultação de cadáver, corrupção de menores (o filho dela, de iniciais E., e que já foi condenado com medida sócio-educativa, teria dirigido o carro com Andréia amarrada no dia do feminicídio) e entregar direção de veículo para não habilitado. Já o homem, de iniciais M.M, companheiro de Cristiane, é julgado, também nesta terça, por coação durante o processo (teria oferecido R$ 500,00 para uma pessoa, para que fosse álibi da não presença no local do crime). 

 O júri começou as 9 horas e terminou 1h15 da manhã da quarta (01).
O júri começou as 9 horas e terminou 1h15 da manhã da quarta (01).

Atuou na acusação a promotora Mariana Mocelin e a assistente Camila Raquel Hilgert. Na defesa de Cristiane e de M.M o advogado Osmar Colpani. Presidiu o tribunal o juiz Édipo Costabeber. A composição de jurados ficou, após sorteio, com quatro mulheres e três homens.

A acusação arrolou cinco testemunhas (uma sob proteção) e a defesa nenhuma. O início do julgamento foi com os depoimentos das testemunhas. Os depoimentos dos réus começaram no início da tarde. Cristiane não esclareceu porque matou. M.M afirmou que não ofereceu dinheiro a ninguém. Depois, os debates (promotoria, que iniciou as 15 horas, e defesa) cabendo réplica e tréplica. 

O réu M.M, em sua fala, falou que teve relação com a cunhada Andréia. Disse ter sido seduzido e que teve um momento de fraqueza. Da relação, Andréia ficou grávida. M.M, comentou que a convivência das irmãs não era boa, mas que Cristiane jamais falou em vingança. 

Por volta das 15 horas começou o espaço para a acusação. A promotora iniciou dizendo que provaria os crimes. A fala da defesa iniciou as 19 horas. O advogado disse que Cristiane agiu sob coação moral irreversível (ato "fora de si") movida por ciúme o que deveria ser considerado homicídio simples.

A promotoria não quis utilizar o tempo para a réplica. O júri começou as 9 horas e terminou 1h15 da manhã da quarta (01).

Fonte:

Rádio Rural

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