Altas temperaturas e pouca chuva começam afetar a cultura da maçã em SC

Uma pesquisa da Epagri mostra que a expectativa de redução do fruto é de até 30%.

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Altas temperaturas e pouca chuva começam afetar a cultura da maçã em SC

As altas temperaturas e as baixas chuvas ocorridas em dezembro e janeiro começam a afetar as regiões produtoras de maçãs, em Santa Catarina. Segundo a Epagri, a produção e a qualidade cai, principalmente no que se refere ao tamanho dos frutos.

Ao contrário do que ocorreu na safra 2019/2020, em que as perdas ocorreram em maior intensidade na região de São Joaquim, devido à estiagem severa ter ocorrido em fevereiro e março. Já nesta safra de 2021/2022, a região de Fraiburgo poderá ser uma das mais afetadas. Isso se deve ao fato de a estiagem está mais intensa, comparada ao ano anterior.

Em Fraiburgo, dezembro apresentou uma precipitação de apenas 52,6mm e em janeiro, até o dia 25, somente 46,4mm, praticamente 30% do esperado para esses dois meses. Esse fato, aliado às altas temperaturas observadas na região, que aumentam a evapotranspiração das plantas, afetaram o ISNA (Índice de Satisfação das Necessidades de Água) que ficou abaixo de 75% por um longo período nestes dois últimos meses.

Essa situação de baixa disponibilidade de água e altas temperaturas interferem no tamanho final do fruto, havendo uma expectativa de redução de até 30% da produção da maçã gala devido à redução do tamanho dos frutos. Em São Joaquim a precipitação em janeiro foi um pouco melhor do que em dezembro, 148 mm e 57 mm, respectivamente. Esta chuva ocorrida em janeiro, 2/3 da média do mês, arrefeceu um pouco a situação de déficit hídrico na região.

Nessa região estima-se uma perda menor do que em Caçador, no Meio Oeste, entre 10 a 20 % devido principalmente à redução do tamanho dos frutos. Ainda é cedo para se avaliar o nível de dano que poderá ocorrer, pois se houver uma normalização das chuvas, é possível que haja uma recuperação no desenvolvimento, pois ainda estamos há mais de 45 dias do início da colheita. No entanto, já se observam danos por queimadura de sol devido à exposição dos frutos à insolação, o que deprecia a qualidade e o valor comercial.

Fonte:

ND Online

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