Por volta de 23h dessa terça-feira (22), um casal de idosos acionou a Brigada Militar, na Rua Adolfo Jaeger, no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos. Eles relataram ter sofrido maus-tratos do filho Édson Fernando Crippa, 45 anos, que os estaria impedindo de sair de casa.

Ao avistar os policiais chegando ao local, Crippa efetuou uma série de disparos de arma de fogo, que atingiram cerca de 10 pessoas, entre familiares, agentes da BM e da Guarda Municipal.

No tiroteio, Édson acabou matando o policial militar Éverton Kirsch Júnior, 31 anos, o pai, Eugênio Crippa, 74 anos, e o irmão Everton Crippa, 49 anos — este último morreu no hospital.

O soldado ingressou na Brigada Militar em 2018, deixa esposa e um filho de 45 dias.

Édson Fernando Crippa foi encontrado morto após agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entrarem na residência. 

Segundo o tenente-coronel Alexandro dos Santos Famoso, comandante do 3° Batalhão de Operações de Novo Hamburgo, os policiais realizaram uma varredura na residência e localizaram o corpo do atirador.

— Acionamos, então, uma equipe do Samu que constatou a morte do atirador. A investigação agora está a cargo da Polícia Civil, uma equipe do IGP já está no local.

Seis policiais ficaram feridos (três em estado grave), além de um guarda municipal e dois familiares do atirador — a mãe, vítima de seis disparos, e a cunhada estão em estado grave. 

O Bope auxiliou no resgate das pessoas que estavam na residência. As vítimas foram levadas para o Hospital Municipal de Novo Hamburgo.

QUEM SÃO OS FERIDOS

Os nove feridos foram encaminhados para receber atendimento médico no Hospital Municipal de Novo Hamburgo. São eles:

Cleris Crippa, 70 anos, mãe do atirador

Priscilla Martins, 41 anos, cunhada

Rodrigo Weber Voltz, 31 anos, PM

João Paulo Farias Oliveira, 26 anos, Joseane Muller, 38 anos, PM

Eduardo de Brida Geiger, 32 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão

Leonardo Valadão Alves, 26 anos, PM – liberado do hospital após ser baleado de raspão

Felipe Costa Santos Rocha, PM – liberado após ser baleado de raspão

Volmir de Souza, guarda municipal – aguarda cirurgia após ser baleado uma vez

Homenagens a policial

A Brigada Militar se manifestou por meio das redes sociais sobre a morte do soldado Kirsch. Conforme a corporação, ele atuava no 3º Batalhão de Polícia Militar, de Novo Hamburgo.

"O militar restou ferido fatalmente durante o cumprimento do dever, arriscando a própria vida pela segurança e proteção do povo gaúcho. Nesta triste data, a Brigada Militar presta sua homenagem e apoio aos familiares, amigos e colegas", diz a postagem.

O governador do Estado, Eduardo Leite, também se manifestou sobre a morte do PM:

"O soldado Everton, com apenas 31 anos, deu sua vida para proteger a sociedade gaúcha. Ele era esposo, pai de um bebê de 45 dias e, acima de tudo, um herói. Que sua coragem e dedicação nunca sejam esquecidas. Meus sentimentos à família e o desejo de rápida recuperação aos feridos", escreveu.