Bebê encontrada em lixeira é levada para abrigo em Porto União
Criança estava internada desde o dia 3 de agosto no Hospital e Maternidade São Braz, e agora aguarda na fila de adoção.
A bebê encontrada em uma lixeira, por um coletor de lixo, foi encaminhada para um abrigo em Porto União, no Planalto Norte Catarinense. Ela agora aguarda na fila para a adoção.
A menina estava internada desde o dia 3 de agosto no Hospital e Maternidade São Braz, onde recebeu alimentação e cuidados adequados a um recém-nascido. Segundo a direção da unidade, ela chegou debilitada e ainda envolta na placenta.
Como não havia registro de pré-natal, exames foram realizados para verificar se a bebê apresentava algum problema de saúde. Batizada pela equipe do hospital de Maria Vitória, ela chegou ao peso ideal em apenas duas semanas.
Segundo a enfermeira chefe Vanderleia Angelino, além de significar a força que a bebê teve para continuar viva, o nome também é em homenagem a uma das integrantes da equipe.
“Quando eu a vi, eu falei para a equipe que estava comigo que essa criança é uma vitoriosa, e olhando para a carinha dela eu comecei a chamar ela de Vitória. Como a pediatra que a atendeu se chamava Maria, a gente resolveu homenageá-la também”, explica.
Ela foi liberada na última semana, saudável e sem nenhum risco de morte.
Mãe continua desaparecida
Um inquérito foi instaurado na DPCAMI (Delegacia de Proteção a Mulher, Criança, Adolescente e Idoso) com o intuito de identificar a mãe da criança. Várias testemunhas já foram ouvidas, porém ainda não há pistas sobre a autoria do abandono.
“Ela foi abandonada em uma rua que não tem câmeras de vigilância. Além disso, também não temos testemunhas oculares sobre o caso, então isso dificulta bastante a nossa investigação”, explica a delegada Sirley Gutoski.
A polícia também realizou um levantamento nas unidades de saúde do município para tentar identificar a possível mãe da criança, mas nenhum registro foi encontrado.
Se for localizado, o autor do crime deve responder por abandono de incapaz. Porém segundo a delegada, se a pessoa não for identificada dentro do prazo de finalização do inquérito, ele será arquivado.
Relembre o caso
Na madrugada do dia 3 de agosto, em Porto União, a bebê foi encontrada por um coletor de lixo, enrolada em um cobertor sujo de sangue. O rapaz contou a reportagem que, em um primeiro momento, pensou se tratar de um animal. Porém, ao abrir os cobertores, levou um susto por perceber que era um bebê.
Para os moradores da região, a situação foi um verdadeiro milagre, já que no dia a cidade registrou uma das menores temperaturas do mês. Segundo a Epagri, no dia que a menina foi encontrada, os termômetros marcaram 0,6ºC no município.