Bolsonaro comparece à Polícia Federal, mas fica em silêncio sobre tentativa de golpe

Ex-presidente foi convocado a prestar depoimento nesta quinta-feira, junto a outros investigados por suposta tentativa de golpe de Estado.

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Foto: Valter Campanato, Agência Brasil, arquivo
Foto: Valter Campanato, Agência Brasil, arquivo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve na sede da Polícia Federal nesta quinta-feira (22), mas permaneceu em silêncio durante o depoimento que prestou sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro ficou menos de meia hora na sede da PF. A informação de que ele permaneceu em silêncio partiu do advogado Fabio Wajngarten e foi divulgada pelo portal g1.

Em entrevista após a ida de Bolsonaro à sede da PF e divulgada nas redes sociais do ex-presidente, Wajngarten afirmou que o ex-presidente “nunca foi simpático” a movimentos golpistas e disse que o silêncio seria uma estratégia, em razão de a defesa não ter tido acesso a todos os elementos da investigação que relacionam o ex-presidente com os supostos delitos.

Os dados requisitados são referentes à delação do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e a materiais obtidos em celulares dos investigados apreendidos. A defesa do ex-presidente divulgou nota afirmando que Bolsonaro “não abre mão de prestar depoimento”, mas que isso será feito no momento em que “seja garantido o acesso” às informações solicitadas.

"Não houve de forma alguma, da parte da defesa, qualquer constrangimento na vinda do (ex) presidente a esse depoimento, como aliás ele sempre fez e continuará fazendo", defendeu o advogado.

Além de Bolsonaro, outros investigados compareceram à Polícia Federal nesta quinta-feira para prestar depoimento. É o caso, por exemplo, do ex-ministro e candidato a vice-presidente Braga Netto, do presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e do ex-ministro de Segurança Institucional, general Augusto Heleno. Por estratégia da investigação, todos foram convocados para comparecer no mesmo horário à PF, para evitar combinação de versões.

Bolsonaro e aliados são suspeitos de terem se organizado para tentar praticar um golpe de Estado e manter o ex-presidente no poder.

Fonte:

NSC

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