Bolsonaro diz que manifestantes contra cortes na educação são "idiotas úteis e massa de manobra"

Presidente afirmou que o Brasil está "destruído economicamente" e que não gostaria de cortar recursos.

, 3.831 visualizações
Presidente chegou aos Estados Unidos nesta quarta-feira.(Foto: Marcos Corrêa / Divulgação)
Presidente chegou aos Estados Unidos nesta quarta-feira.(Foto: Marcos Corrêa / Divulgação)

Ao chegar aos Estados Unidos nesta quarta-feira (15) Jair Bolsonaro afirmou que as manifestações que estão ocorrendo no país em defesa de recursos para a educação são feitas por "idiotas úteis", classificados pelo presidente como "militantes" e "massa de manobra".

Indagado sobre os protestos que acontecem nas capitais e grandes cidades do Brasil, o presidente disse que os alunos que estão nas ruas "não sabem nem a fórmula da água" e servem de instrumento político para "uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais".

"É natural [que haja protesto], mas a maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil", afirmou o presidente na porta do hotel onde está hospedado em Dallas.

Cercado de apoiadores, que gritavam "mito" enquanto o presidente concedia uma entrevista coletiva a jornalistas, Bolsonaro primeiro afirmou que não existe corte na educação para, em seguida, dizer que, por causa da crise econômica e da arrecadação baixa, foi preciso fazer o contingenciamento.

"Na verdade não existe corte, o que houve é um problema que a gente pegou o Brasil destruído economicamente também, com baixa nas arrecadações, afetando a previsão de quem fez o orçamento e, se não tiver esse contingenciamento, simplesmente entro contra a lei de responsabilidade fiscal. Então não tem jeito, tem que contingenciar", declarou.

Os protestos são uma resposta à decisão do ministro da Educação, Abraham Weintraub, que reduziu o orçamento das universidades federais e bloqueou bolsas de pesquisa.

O presidente disse ainda que não gostaria de fazer nenhum contingenciamento, em especial na educação, mas afirmou que o setor está "deixando muito a desejar".

"Gostaria que nada fosse contingenciado, em especial na educação. A educação também está deixando muito a desejar no Brasil. Se você pega as provas, que acontecem de três em três anos, está cada vez mais ladeira abaixo. A garotada, com 15 anos de idade, na oitava série, 70% não sabe uma regra de três simples. Qual o futuro destas pessoas?".

Na avaliação do presidente, a alta taxa de desemprego no país - cerca de 14 milhões de desempregados - vem da baixa qualificação dos trabalhadores. Bolsonaro afirmou que, durante os governos do PT, não havia preocupação com a educação.

Fonte:

Folhapress

Notícias relacionadas

Foto: Eduardo Valente / SECOM

Jorginho Mello abre a 12ª reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste

Juntos, os estados das regiões Sul e Sudeste representam mais de 114 milhões de brasileiros e respondem por cerca de 70% do PIB nacional.

Foto: Divulgação / Unoesc

Unoesc Joaçaba oferece curso Técnico em Enfermagem

A infraestrutura da Universidade acompanha as mais recentes inovações e práticas na área da Enfermagem.

Foto: Divulgação/PMMG

Adolescente de 14 anos mata amigo com tiro na cabeça sem querer em MG

Os dois estavam brincando com a arma do pai da vítima, que foi preso por omissão de cautela e posse ilegal de arma de fogo.

PF indicia Bolsonaro e mais 36 pessoas inquérito sobre tentativa de golpe

PF indicia Bolsonaro e mais 36 pessoas inquérito sobre tentativa de golpe

Ex-presidente vai responder por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Foto: NSC

Grande investimento: BRF compra fábrica na China

Aquisição foi feita por US$ 43 milhões e companhia investirá mais US$ 36 milhões para expansão.