Dois policiais do 15º Batalhão de Caçador foram expulsos da Polícia Militar de Santa Catarina após envolvimento com venda de arma de fogo recolhida durante ocorrência. Um dos envolvidos foi afastado na sexta-feira (1), o outro nesta quinta-feira (7), pois entrou com queixa junto ao Comando Geral da PM no Estado, recurso este que foi indeferido.

De acordo com o comandante do Batalhão de Caçador, Álvaro Luiz Lopes, há cerca de oito meses aproximadamente, os dois policiais participaram de uma ocorrência rotineira, sendo uma discussão entre duas pessoas. Um deles possuía uma arma de fogo em casa, devidamente registrada, mas que mesmo assim foi recolhida pelos policiais, que não levaram os envolvidos à Policia Civil e nem mesmo a arma. “Através de denúncias anônimas e conversas nos corredores, até mesmo policiais que ficaram sabendo e não concordavam com o ocorrido, abrimos investigação e descobrimos que a arma havia sido vendida pelos policiais para outra pessoa que atua com segurança privada”, explica o comandante. Isso acarretou em um processo administrativo e como eles (policiais) não têm 10 anos de Polícia Militar, a chamada estabilidade, cabe ao comando do próprio Batalhão o julgamento do processo. “Entendemos que para ser policial militar esse desvio de conduta não pode ser aceito e optamos pela exclusão desses policiais da Polícia Militar de Santa Catarina”, declarou. Lopes revela que a arma já foi recolhida e devolvida ao seu dono. “O que importa é que houve o desvio de conduta dos policias, que já foi apurado e tomadas as providências para que isso não se repita”. “Os dois policiais foram expulsos através do processo administrativo e agora ainda responderão civil e criminalmente na auditoria da Justiça Militar, pela posse, apropriação ou furto da arma, dependendo da forma que o Ministério Público irá enquadrar o caso”, explica o comandante. Denúncias anônimas auxiliam no trabalho Lopes ainda ressalta o comprometimento da Polícia Militar com a justiça e a importância da participação do cidadão. “É bom que as pessoas saibam que o que se comete mesmo sendo policial militar, não fica impune. Por isso enfatizamos tanto que a população deve participar, deve denunciar qualquer irregularidade, principalmente cometida por aqueles que têm o dever de zelar pela segurança e bem estar do cidadão. A denúncia anônima é base para se começar uma investigação formal, que se bem feita, vai apurar o que precisamos saber”, define.