Casa pega fogo em Caçador e moradores afirmam que a causa é sobrenatural

Quarto da residência guardava móveis de família que já morreu e novos moradores afirmam que presenciavam fatos estranhos no local.

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Casa pega fogo em Caçador e moradores afirmam que a causa é sobrenatural

Um misterioso incêndio atingiu uma residência na noite de segunda-feira (15), em Caçador. O incêndio aconteceu no Centro de Caçador, na rua Luiz Andreola. A casa incendiada tinha tinha um primeiro piso, e um porão, onde duas famílias eram abrigadas. No primeiro piso, mãe, pai e três filhos já adultos haviam se mudado há duas semanas com a esperança de um recomeço na nova residência. Já, no porão da casa, morava a mãe com três filhos pequenos.

 Quarto da residência guardava móveis de família que morreu

O incêndio na residência começou por volta das 20h30. As chamas queimaram tudo, e as famílias perderam todos os pertences. Porém a história da residência é antiga. Quem conta com os detalhes é moradora do porão, Mariane Mendes, que morava na residência desde fevereiro deste ano. Quando ela mudou-se quem morava no piso de cima era uma família, proprietária da residência. Há mais ou menos um mês a família dona da casa faleceu. O casal e a filha morreram por causas diferentes, mas todos praticamente no mesmo mês. Há duas semanas, o restante da família dos proprietários que ficou com casa resolveu alugar a parte de cima. José Carlos Rodrigues e Maria Mota dos Santos, caçadorenses, mudaram-se para a residência buscando uma condição melhor de vida, mais próximo ao Centro da cidade. Mas, em um quartinho no fundo da casa ficava guardado as lembranças, e os pertences da família que morreu. 

Episódios sobrenaturais

“Essas duas semanas foram as piores da minha vida”, disse Sônia da Mota, em lágrimas vendo a residência em chamas. Depois que mudou-se, episódios no mínimo estranhos vinham acontecendo na residência. “Pedras caiam, as coisas eram arremessadas de um lado para o outro, os objetos eram quebrados, cadeiras arrastadas. Nós dormimos todas as noites com as luzes acesas. Nas últimas noites nem dormimos, e já estávamos procurando outro local para sair dessa casa”, disse o marido de Sônia, José Carlos.

No início os episódios “estranhos” eram esporádicos. Porém, com a mesma frequência que os episódios iam acontecendo, também aumentava a gravidade. Eles chamaram pastores, padres, espíritas tudo que estava ao alcance para tentar “livrar” a residência do que quer que fosse, mas nada adiantou. “Um dia pegou fogo no colchão, mas conseguimos apagar. Hoje, porém, parece que a água se transformou em gasolina. O fogo começou no quartinho onde estavam os móveis da família que faleceu, e rapidamente chegou aos outros cômodos da casa”, conta José.

A vizinha, moradora há mais tempo da casa, confirma os fatos. “Até eles se mudarem não acontecia nada. Mas quando eles chegaram, eu mesma presenciei muitos fatos. Como o assoalho é de madeira, eu conseguia ouvir passos quando estava todo mundo lá fora. Eu ouvia cadeira arrastando, vi objetos sendo jogados pela janela”, disse a moradora do porão, Mariane Mendes. E enquanto Mariane contava para a nossa reportagem essa história, a filha dela apareceu chorando, dizendo que nunca mais gostaria de entrar na casa pois tinha medo do que tinha lá dentro.

Segundo informação preliminar dos Bombeiros Voluntários de Caçador que atenderam a ocorrência, até o momento da publicação desta matéria, não havia sido identificada a causa do incêndio.

 Um recomeço difícil

Ambas as famílias perderam tudo. Sônia da Mota e família, que moravam no piso de cima, e Mariane Mendes, que morava no porão, vão precisar da ajuda da comunidade para se reerguer. “É muito triste o que estamos vivendo. Eu trabalho como empregada doméstica, minha família é humilde, mas todos trabalham. Não sei onde dormiremos essa noite, vamos procurar um local. Mas o pior é ver que perdemos tudo. Roupa, alimento, documentos. Perdemos tudo que lutamos anos para conseguir, que apesar de simples era honesto. Já estávamos procurando outro lugar para mudarmos, mas se soubéssemos, nem teríamos vindo para cá. Muito triste ver tudo isso”, disse Sônia.

Fonte:

Rádio CaçanjurÊ

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