O governador Carlos Moisés, em entrevista coletiva na manhã deste sábado (28) atualizou o número de casos confirmados do novo coronavírus no estado catarinense. Atualmente o estado tem 184 casos confirmados, já os casos suspeitos não foram divulgados, devido os testes estarem sendo feitos apenas em casos hospitalares.

Além disso, durante a coletiva, o governador frisou sua preocupação em relação a falta de equipamentos e leitos para atender a demanda que deva aumentar nos próximos dias no estado e no país.

“Ao mesmo tempo em que precisamos ter equipamentos e leitos em condições de dar a resposta aos catarinenses perto da grave crise que se aproxima, nós precisamos proteger os trabalhadores da saúde, um grande desafio do governo, e essas duas situações tem que caminhar juntas".

Ainda de acordo com o governador, na segunda-feira, será analisada a resposta da sociedade, em relação as condições colocadas em decreto e fiscalizadas pela polícia em todo território catarinense.

"Vamos observar o comportamento para construir as outras ações, algumas já foram anunciadas, mas temos que juntar todas essas ações ao que vai acontecer na segunda-feira, com a abertura das agências bancárias, como o comportamento social se reflete, uma vez que, todas as outras atividades estão proibidas, estamos em quarentena, as pessoas devem separar isso muito bem", diz.

O governador ainda destaca que, a expectativa é que serão dias difíceis, pois haverá aumento do número de casos e de mortes. "Nunca dissemos que seria fácil, mas temos que enfrentar e vamos enfrentar", confirma.

De acordo com o secretário da saúde, Helton Zeferino, a questão dos Equipamentos de Proteção Individual, é uma grande preocupação, para poder oferecer aos profissionais de saúde os cuidados necessários.

"As nossas equipes de saúde estão trabalhando de forma incessante para enfrentar o Covid-19, temos uma logística de algumas entregas que ainda não aconteceram, não temos confirmação que esses insumos chegarão, temos espaço para atender, mas estamos em uma batalha, para comprar insumos para formar leitos, aliados ao nosso maior fornecedor que é a China. Além disso, outro problema são os kits de testes, que recebemos apenas três mil até o momento", afirma.

O secretário ainda disse que, na próxima semana haverá um número exponencial nos casos dentro do Brasil e o território catarinense faz parte desse momento. Segundo apontam as pesquisas, essa crise vai perdurar pelos próximos três meses.