Colombo empossado
Há exatos 50 anos do último governador lageano eleito, João Raimundo Colombo tomou posse neste sábado.
Há exatos 50 anos do último governador lageano eleito, João Raimundo Colombo tomou posse neste sábado. Um público restrito de 1.100 pessoas teve acesso à solenidade no palácio Barriga Verde, na Asssembleia Legislativa. No plenário do parlamento estadual 330 lugares foram reservados para familiares e autoridades. O governador chegou à Assembleia Legislativa às 19h15min. O último lageano no governo foi Celso Ramos, eleito em 1960.
No auditório Antonieta de Barros, onde foi montada uma exposição de artes com esculturas em madeira e ferro de artistas serranos, foi fixado um telão e preparado o local para 780 cadeiras. Todas ficaram ocupadas. Em sua fala oficial, Raimundo Colombo anunciou, “venho da Serra Catarinense. Venho da minha Lages, para iniciar uma nova caminhada”. Em nove páginas, o governador enfatizou inúmeras vezes que não estará só na jornada do mandato. Invocou o povo para o acompanhar e quando necessário criticar e também compreender as ações do governo. “Até nos momentos de indignação, quando for o caso, desejo estar com o povo, pois quero ser alertado para os erros, a fim de corrigí-los. Só então, sabendo que tenho o povo ao meu lado, vamos em frente”, discursou. Em tom de emoção Raimundo Colombo disse que não governará indiferente à voz das ruas. “Não aceitarei que nenhum catarinense seja humilhado, maltratado, preterido, negligenciado pelos serviços públicos”, disse se referindo as ações futuras e cobranças do seu colegiado de governo. O governador promete dar exemplo e disse que irá às escolas e hospitais fazer visitas. Ele confidenciou que o futuro parecia longe. E junto com o povo inicia um esforço para atingir as metas com as quais se comprometeu na campanha eleitoral e cuja síntese se expressa numa frase: as pessoas em primeiro lugar. Ao encerrar sua fala, Raimundo Colombo declarou: “Da minha parte, como governador, asseguro que nada farei ou deixarei de fazer, sem a lembrança de que não sou eu, somos nós”. As 19h50min, Colombo e Eduardo Pinho Moreira foram declarados empossados pelo presidente da Assembleia Legislativa, Gelson Merísio. Primeiro discurso é em tom de compromisso com o povo Em seu pronunciamento, Raimundo Colombo disse que cobrará a cada mês, assim como a economia confere a inflação, as exportações, a receita de impostos, o PIB, os chamados indicadores econômicos. Busca com isso conferir as condições de conforto, a segurança para ir e vir e ver respeitadas suas propriedades, seja o lar, seja a terra dos que a cultivam. Na saúde irá registrar o tempo de espera para atendimento nos postos, nos ambulatórios, nos hospitais e nas clínicas odontológicas. E buscará saber como estarão se comportando as oportunidades de lazer e as demandas da sociedade para preencher seu tempo livre. A assistência aos mais velhos que necessitem de cuidados. Raimundo Colombo apontou, ainda, que acompanhará como estarão as vagas nas creches para as crianças e as escolas para os jovens. Assim como a medida que aumentará as oportunidades de emprego aos que chegarem à idade de trabalhar. Em seu governo poderão ser avaliadas as condições de moradia digna e o acesso a casas e apartamentos, não importa a renda, a região e as atividades profissionais dos chefes de família. Para Raimundo Colombo, a segurança pública será uma meta de qualidade de vida, perseguida diariamente com ações de proteção à vida e liberdade dos catarinenses. E declarou que o governo trabalhará para que todos os fatores essenciais para que o núcleo familiar cumpra seu decisivo papel natural de base da sociedade. Para isso será desprendido um esforço extraordinário em todos os setores do governo. Culto ecumênico abre atos de posse Três atos marcaram a posse do governador Raimundo Colombo, neste sábado. O primeiro foi uma celebração religiosa na Catedral, onde o arcebispo de Florianópolis, dom Murilo Krieger e o diretor presidente da Federação Evangélica Interdenominacional de Santa Catarina, pastor Ivanir de Moura, conduziram um culto ecumênico em saudação aos eleitos. O segundo ato foi o juramento e posse do governador na Assembleia Legislativa e por último, a transmissão do cargo de Leonel Pavan para Raimundo Colombo, no Centro Administrativo. As acomodações da Catedral ficaram lotadas por autoridades, familiares e amigos dos eleitos. A celebração religiosa teve três grandes momentos. A acolhida às autoridades, a leitura bíblica e a pregação e bênção. Raimundo Colombo não deu entrevista na chegada à Catedral. A recomendação dele foi para uma solenidade mais restrita e rápida possível. Os pais do governador, Cassemiro e Tereza, acompanharam a celebração ao lado dos filhos do governador, Edson e Joana e também da neta, Luiza. O culto ecumênico durou uma hora e como previsto, às 19 horas Raimundo Colombo foi recepcionado no tapete vermelho do palácio Barriga Verde da Assembleia Legislativa, pelo deputado Gelson Merísio, presidente da casa. Um grande número de lageanos e ocupantes de cargos públicos se fez presente nos atos da posse. Especialmente na Catedral, a presença de serranos era enorme. Todos fizeram questão de acompanhar o acontecimento histórico da posse de um lageano no governo. O governador, seu vice, Eduardo Pinho Moreira, os senadores Luiz Henrique da Silveira e Paulo Bauer, além dos deputados estaduais, foram cumprimentados pelo público que ficou em pé em grande parte do culto devido a grande lotação na Catedral. Tanto na chegada quanto na saída da igreja, as pessoas se esforçavam para cumprimentar o governador, que na medida do possível atendeu a todos.