Colonos a caminho de Belém será o tema da encenação de Natal na Paróquia São José

A encenação busca refletir sobre a importância do respeito à diversidade de ideias, expressões e do jeito de ser cada pessoa ou povo.

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Colonos a caminho de Belém será o tema da encenação de Natal na Paróquia São José

A Paróquia São José, localizada no Bairro Cruzeiro do Sul em Joaçaba, está trabalhando de forma intensa para proporcionar à comunidade uma linda Encenação do Natal, dentro de uma proposta inovadora, seguindo as orientações do Papa Francisco que convida a Igreja para uma imersão cultural entre povos e culturas.

Neste sentido, a Encenação, neste ano, será diferente. Ela procura nos fazer refletir sobre a importância do respeito à diversidade de ideias, expressões e do jeito de ser cada pessoa ou povo, promovendo o diálogo e a integração. Preparamos uma encenação que tem como inspiração as chamadas Pastorelas, encenadas em toda América Latina e, em especial, no México.

A Pastorela destaca o processo dos pastores a caminho de Belém. Essa caminhada é repleta de desafios. Eles precisam enfrentar seus medos, suas fraquezas, seus conflitos. O caminho é repleto de tensão entre o Bem e o Mal. Trava-se uma luta entre o Bem, representado pelo Arcanjo São Miguel e o Mal, representado pelo Diabo. Essa luta se dá pela influência sobre uma família de agricultores que quer ir a Belém.

Os ensaios já iniciaram e a empolgação está tomando conta de todos os participantes liderados pelo Padre Ricardo Ayala Velásquez, pároco da Paróquia São José. “Convidamos a todos para viverem conosco essa experiência única, diferente que mostrará para todos nós a importância da perseverança da fé, no caminho da salvação!”, explicou o Padre.

As apresentações acontecerão em dois momentos.. O primeiro, no dia 22 de dezembro, a partir das 20h no Salão Paroquial, anexo a Igreja Matriz São José. A segunda apresentação será na véspera de Natal, dia 24 de dezembro, às 19h na Comunidade de Nova Petrópolis. A entrada é gratuita para os dois momentos e toda a comunidade está convidada.

Serviço:

Encenação Natalina: Colonos a caminho de Belém

Local: Igreja Matriz São José - Bairro Cruzeiro do Sul em Joaçaba

Dia: 22 de dezembro às 20h

Local: Capela de Nova Petrópolis - Distrito de Nova Petrópolis em Joaçaba

Dia: 24 de Dezembro às 19h

Detalhes sobre a proposta a ser apresentada:

A representação viva do presépio foi criada por São Francisco de Assis em 1223. São Francisco montou a encenação do nascimento de Jesus em uma gruta, na Itália, com a ajuda de Frei Leão e de Giovanni Vellina. Após a morte de São Francisco, os franciscanos continuaram a fazer a representação do presépio e essa encenação se difundiu pelo planeta, sendo realizada até os nossos dias.

Os missionários franciscanos evangelizaram o México e para lá levaram o costume de fazer a encenação natalina, chamada de Pastorela. Respeitando as tradições dos nativos pré-colombianos, os franciscanos, aproveitaram a cultura do povo Nahuas de fazer teatro para incorporar essa tradição às encenações natalinas. Os Nahuas chamavam suas peças de mitotes e elas eram muito cômicas. Dessa maneira, uma Pastorela é sempre divertida e difere dos Autos de Natal que encenamos na nossa cultura do Oeste Catarinense. A nossa tem um jeito mais solene, devocional e focado no próprio nascimento de Jesus. Já a Pastorela é mais engraçada, cômica e voltada para o caminho que o povo, especialmente os agricultores, percorre até Belém para adorar Jesus nascido.

Buscando o diálogo e o respeito com todas as culturas como prega o Papa Francisco, adaptamos uma Pastorela, escrita por Teresa Valenzuela, para o contexto do nosso Meio Oeste de Santa Catarina, com ênfase na vivência das pessoas que moram na colônia.

Utilizamos a expressão colonos, pois o termo expressa a identidade social dos pequenos proprietários rurais. Os colonos são também chamados como “produtores rurais”, “agricultores”, ou ainda “trabalhadores rurais”. A expressão tem uma conotação positiva que é a sua face pública e histórica e outra, um tanto pejorativa, que se refere a colono como uma condição inferior daquela dos que moram na cidade (BADALOTTI, 2003).

Nós defendemos a forma positiva da expressão Colonos. Acreditamos que esses agricultores fizeram e fazem a história de nossa região e mantém vivo o espírito comunitário, a integração, o respeito e a busca contínua Daquele que nasce para nos trazer união, paz e harmonia.

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