Com mais trabalho e menos Bolsa Família, SC tem a melhor distribuição de renda do Brasil

Pesquisa do IBGE mostra indicadores que mantêm SC no topo da melhor sustentabilidade social do Brasil.

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Foto: Maurício Vieira, Secom, Divulgação
Foto: Maurício Vieira, Secom, Divulgação

A economia diversificada, o pleno emprego e a qualificação das pessoas estão entre os principais fatores que mantêm Santa Catarina no topo da melhor distribuição de renda do Brasil, o que significa liderança no ranking de sustentabilidade social. É isso que mostram indicadores da pesquisa Pnad Contínua sobre renda divulgada pelo IBGE.

A Pnad traz dados de 2023 sobre diversas formas de renda e benefícios sociais, como o Índice Gini, comparação de renda dos ricos e pobres, massa de rendimento, renda do trabalho, renda real per capita e renda de todas as fontes, entre outras.  

Menor desigualdade de renda

Desde que o IBGE iniciou esta pesquisa, em 2012, Santa Catarina apresenta a menor desigualdade de renda do Brasil. Esse indicador é medido pelo Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita.

Esse índice varia de zero a 1,0 e quanto mais longe de 1,0, menor a desigualdade. Em 2023, a desigualdade caiu mais um pouco no Estado porque o índice Gini ficou em 0,418, menor que o de 2022, que estava em 0,419.

Mais ricos têm menos em SC

Outro destaque na distribuição de renda é que no ano passado Santa Catarina teve, mais uma vez, a menor diferença de renda domiciliar per capita entre os 10% da população com maiores rendimentos e os 40% com menores rendimentos.

A renda média dos 10% mais ricos em SC correspondeu a 8,2 vezes mais em relação a renda dos 40% mais pobres. Os 10% mais ricos tiveram renda per capita média de R$ 7.277 e os 40% mais pobres, de R$ 889. Esse indicador ficou o mesmo de 2022.

No Brasil, a razão de rendimentos 10/40 chegou a 14,4 vezes em 2023, também se mantendo igual à de 2022. A maior diferença foi no estado da Paraíba, onde a menor correspondeu a 17,4 vezes o valor da maior.

Domicílios com Bolsa Família

Segundo a pesquisa, Santa Catarina teve no ano passado 4,5% dos lares atendidos de forma permanente com o rendimento do programa Bolsa Família. Esse percentual foi o menor do país e representou 123 mil domicílios atendidos com esse programa.

Domicílios com programas sociais

Santa Catarina também teve menor percentual de famílias que recebiam, no ano passado, algum tipo de apoio financeiro como o Benefício de Prestação Continuada (BPC), Bolsa Família e outras bolsas. Esse registro no ano 6,6% dos lares com esses benefícios. Isso chegou a 180 mil domicílios dentro de um total estimado de 2,7 milhões no Estado.

Renda do trabalho soma R$ 13,2 bilhões

De acordo com a Pnad Contínua, a massa mensal de rendimento de todos os trabalhos em Santa Catarina chegou a R$ 13,2 bilhões. Foi o quarto maior rendimento do trabalho no país e o maior valor da série histórica iniciada em 2012. Essa massa de rendimento de SC foi a sexta maior do país e cresceu 10,7% em relação a 2022.

Por trabalhador, a renda média do trabalho chegou a R$ 3.316, o que significou um crescimento de 5,1% em 2023 frente a 2022. O rendimento do trabalho no Brasil chegou a R$ 2.979, com crescimento de 7,2% no período.

Trabalho e renda média

A elevada oferta de emprego em Santa Catarina fez com que o rendimento de todos os trabalhos chegasse à participação de 79,2% no rendimento domiciliar per capita, a maior participação do Brasil em 2023.

A participação do rendimento do trabalho vem avançando ao longo da série, enquanto a das outras fontes vêm diminuindo, observou o IBGE. As aposentadorias e pensões responderam por 15,7% da renda domiciliar per capita. Elas vêm perdendo participação na série histórica.

Rendimento de todas as fontes

Segundo a pesquisa do IBGE, o rendimento de todas as fontes, incluindo trabalho, aposentadorias, pensões, aluguéis e outras, chegou a um rendimento médio mensal de R$ 3.203 em SC. Esse foi o quinto maior resultado do país.

Renda média per capita sobe 9%

Santa Catarina fechou 2023 com rendimento médio mensal real domiciliar per capita de R$ 2.224. Cresceu 9,1% em relação a 2022 e foi o quinto maior resultado do Brasil. Superou o valor histórico de R$ 2.142 em 2019.

No Brasil, o rendimento domiciliar per capita nacional ficou em R$ 1.848. Foi o maior resultado da série histórica da pesquisa, com alta de 11,5% frente ao do ano anterior.

Fonte:

Estela Benetti / NSC

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