Com prefeito preso em operação do MPSC, Ipira tem novo prefeito interino

Atual vice-prefeito fica no cargo até que haja outra decisão judicial.

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Com prefeito preso em operação do MPSC, Ipira tem novo prefeito interino

Na sessão extraordinárias da Câmara de Vereadores de Ipira realizada às 13h desse dia 21 de junho, o Poder Legislativo empossou Clitor Knebel (PP) como prefeito interino. Knebel, que é o atual vice-prefeito, fica no cargo até que haja outra decisão judicial.

“Vou seguir o trabalho da nossa gestão. Lamento que fatos acontecidos anteriormente, em gestões anteriores, tenham respingado agora em nossa administração. Estamos colaborando com a investigação e esperamos que a justiça seja feita. Que haja com ética e os fatos sejam esclarecidos”, registrou Knebel.

O prefeito Marcelo Baldissera (PL) está temporariamente afastado da função por ordem do Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina, segundo a Câmara de Vereadores. Baldissera cumpre prisão preventiva no presídio de Curitibanos devido à Operação Fundraising.

Nota da Prefeitura

Em nota divulgada no dia 19, a Prefeitura afirmou que está colaborando com as investigações da Operação Fundraising, que solicitou documentos referentes a licitações, contratos e pagamentos dos anos de 2015 a 2021, das empresas ECON – Assessoria em Gestão Ltda, MEGA – Assessoria e Consultoria Ltda e ACTU – Assessoria Consultoria e Serviços LTDA – EPP.

Sobre o caso

Ipira e Piratuba estão entre as 23 cidades de Santa Catarina que foram alvo da segunda fase da Operação Fundraising, deflagrada no dia 19 de junho pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e pelo Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), em apoio à investigação conduzida pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público. Ao todo, são cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, cinco de suspensão do exercício das funções públicas e 63 de busca e apreensão.

Conforme o Ministério Público, a operação busca desarticular possível organização criminosa, capitaneada por grupo empresarial, suspeita de praticar ilícitos contra a Administração Pública, especialmente o desvio de recursos públicos e fraudes em licitações, e que, em suas ações, estaria buscando recrutar agentes públicos e particulares com o fim de obter ganhos ilícitos em prejuízo ao patrimônio público.

De acordo com a investigação, o grupo criminoso atuaria com a finalidade de direcionar processos licitatórios em diversos municípios do Estado. Sob o pretexto de prestar serviços de consultoria e de assessoramento para captação de recursos públicos, buscava firmar contratos públicos sem que houvesse necessariamente a comprovação de qualquer atividade, mas que serviria de subterfúgio para que servidores públicos, assim como agentes políticos e particulares, auferissem ganhos ilícitos por meio do recebimento de vantagens indevidas.

Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, cinco de suspensão do exercício das funções públicas e 63 de busca e apreensão, expedidos pela Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), em 23 municípios catarinenses, em um município do Rio Grande do Sul e em Brasília/DF.

Fonte:

Portal Magronada / Geferson Schreiner

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