O furacão Idalia atingiu, por volta das 9h [horário de Brasília] nesta quarta-feira (30), a costa perto de Keaton Beach, em Big Bend, na Flórida, inicialmente como uma tempestade de categoria 3, com ventos máximos sustentados de 190 km/h e rajadas ainda mais altas, informou o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). É a tempestade mais forte a atingir a região em mais de 125 anos.

Cedar Key, na costa do Golfo da Flórida, recebeu alertas de elevação do mar de 2,5 a 2,7 metros, com as águas ainda subindo rapidamente. A onda deve continuar a subir nas próximas horas na região de Big Bend à medida que os ventos contrários empurram o nível da água para cima.

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Os níveis da água estão quase 2 metros acima das marés normais mais altas, superando o recorde do furacão Hermine em 2016, de 1,83 m. Os níveis de água foram medidos em Cedar Key desde 1914.

Os medidores de maré são escassos na Costa do Golfo da Flórida, mas os níveis de água mais altos já registrados estão ocorrendo em Baía de Tampa, Clearwater e Cedar Key – indicando que uma tempestade recorde está acontecendo em toda a região.

A prefeita de Tampa, Jane Castor, alertou os moradores para não baixarem a guarda, já que mais inundações são esperadas devido ao furacão Idalia esta tarde. 

“Tivemos alguns danos causados ​​pelos ventos, árvores derrubadas, galhos, esse tipo de coisa. Mas o que nos preocupa principalmente é o mesmo que Crystal River está enfrentado agora. A maré está subindo. Esperamos que a maré alta seja entre 13h e 14h [horário de Brasília], e isso é vai trazer vários metros adicionais de água”, disse Castor à CNN.

“As inundações que estamos enfrentando agora não são nada comparadas com o que veremos dentro de algumas horas”, disse. Ela acrescentou que duas pontes que conectam os condados de Hillsborough e Pinellas estão fechadas até esta noite, e as ilhas Harbour e Davis estão inacessíveis.

A tempestade iniciou uma marcha pela Flórida e pelas costas da Geórgia e da Carolina do Sul. Idalia é o terceiro furacão a atingir a Flórida nos últimos doze meses, depois do furacão Ian em setembro de 2022 e do furacão Nicole em outubro de 2022.

Mais cedo, o governador da Flórida, Ron DeSantis, pediu para que as pessoas que atendam aos avisos das autoridades de emergência para se protegerem e “não brincarem com esses ventos”.

“Esse nível de tempestade é uma ameaça à vida. Não saia no meio desta tempestade. Se estiver calmo onde você está, pode ser que as condições mudem muito rapidamente. Então, onde quer que você esteja, agache-se e não tome nada como garantido aqui. Esta é uma tempestade muito, muito poderosa”, disse na manhã desta quarta-feira (30).

“Apenas agache-se até que ela passe por você. Você não quer brincar com esses ventos. Haverá coisas voando por todo lado”, reforçou.