Delegado regional de Joaçaba emite nota sobre morte de Juliano Pedrini
"A Polícia Civil perde um excelente profissional, um líder, que se dedicava às outras", diz Gilmar Bonamigo.
Além de vereador, Juliano Pedrini tinha uma longa e reconhecida carreira na área de segurança. Por décadas, ele atuou como policial civil na comarca de Joaçaba, no Meio-Oeste, e nunca quis sair da região, mesmo com diversos convites. A revelação é do delegado regional, Gilmar Bonamigo, que divulgou uma nota nesta segunda-feira, dia 15, pela morte do colega.
Conforme o delegado, Pedrini era um excelente profissional. Na nota, ele reforça que nunca recebeu reclamações de mau comportamento por parte do policial. "Não havia mau humor. Tratava todos com respeito", lembra Bonamigo. Pedrini, que foi encontrado morto em casa neste domingo, foi sepultado na tarde desta segunda.
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Veja a notaA Polícia Civil de Santa Catarina perde um excelente profissional da segurança pública, um excelente policial civil, que merece todas as nossas homenagens. A comunidade perde um líder, um entusiasta, sonhador, um colaborador. Uma pessoa que se dedicava às outras. Juliano ajudou muitas pessoas, principalmente as mais humildes. Tratava todos com respeito e educação. Nunca recebi ou percebi um usuário que fosse atendido por ele reclamar de mal atendimento.
Juliano era o homem das descontrações nas operações que nos reuníamos nas madrugadas para prender nossos alvos. Não tinha dia, não tinha hora para o serviço de rua. Não havia mal humor, estava sempre de bom e alto astral.
Juliano sempre trabalho em nossa Região, teve oportunidades e convites para atuar em outras regiões, mas nunca quis sair de \Joaçaba, aqui é sua terra e aqui ele queria ajudar as pessoas. Foi convidado, por várias vezes, responder por delegacias em nossa região, nunca aceitou. Entendia que seu trabalho era investigação, era trabalho de rua, de combate ao crime. Não que os serviços administrativos não sejam relevantes para nossa atividade fim, muito pelo contrário, são extremamente importantes, mas sua vontade era a investigação criminal pura e simples.
Juliano era bacharel em Direito, Pós-graduado em ciências penais, participou de vários cursos de formação, cito como exemplo junto ao Grupo Tigre do Paraná e da Força Nacional no Amapa. Depois de criadas as DICs, sempre atuou na DIC de Joaçaba.
Juliano participou de inúmeras operações em nossa região e, por sua experiência, dedicação, facilidade de comunicação, participou de operações desencadeadas por outras regiões. Cito como exemplo: quem não se recorda dos inúmeros assaltos a ônibus na BR 153 em Água Doce e Palmas-PR, pois então, foi um dos principais responsáveis para a eliminação da organização que ali atuava, que terminou num confronto armado, com a morte de membros da organização e prisão de outros; Quem não lembra do “ladrão” que aterrorizou dezenas de agricultores pelos furtos e roubos nos interiores de Luzerna, Joaçaba, Água Doce e Herval d´Oeste, que só terminou quando o suspeito que desafiou atirar nos policiais e só parou depois de alvejado e morto pelo APC Juliano. Cito como exemplo recente o exaustivo trabalho de investigação que culminou na prisão de dois suspeitos do duplo homicídio na cidade de Treze Tílias, no dia primeiro de janeiro de 2024.