Por aproximadamente dois meses, a Tanzânia, país do continente africano foi o lar da diplomada do curso de Enfermagem Alexyevna Majevski, mais conhecida como Alexia. Ela participou de uma missão voluntária junto com o Projeto Atos de Vida e Fisioterapeutas sem Fronteiras e compartilhando suas experiências pretende inspirar outros acadêmicos e profissionais a participarem de atividades semelhantes.

Na missão, Alexia atuava de segunda a sexta-feira na clínica de Neuroreabilitação auxiliando a fisioterapeuta e também realizando atendimentos de Enfermagem. Nos finais de semana, visitava vilarejos onde fazia a entrega de medicamentos, exames físicos e curativos aos moradores que necessitavam. Tais vivências foram, segundo ela, desafiadoras.

— A falta de insumos foi uma das grandes dificuldades. No começo eu me sentia impotente, sem saber o que fazer sem ter determinado produto, fármaco ou equipamento. Mas hoje eu sei que não necessariamente preciso disso para fazer bem ao meu paciente. Me reinventei como profissional e consegui realizar o cuidado de enfermagem com o que eu tinha — comentou Alexia.

Um dos momentos especiais da missão foi uma atividade com as crianças de uma pequena escola no vilarejo de Mtakuja. De forma lúdica, utilizando tinta, Alexia demonstrou o passo a passo de como lavar as mãos corretamente. Ao final, aproveitando a tinta utilizada na demonstração, elas carimbaram suas mãos na bandeira da Unoesc que ficará como lembrança na sala da coordenação do curso de Enfermagem.

— Conhecer novas realidades, ter experiências de vida distintas, contribuir para a transformação social e o bem-estar do próximo e, ainda, somar capacidades que farão a diferença na vida profissional. O trabalho voluntário agrega tudo isso à formação e tem sua importância reconhecida globalmente como uma das iniciativas mais marcantes da contemporaneidade. O mercado vê proatividade, capacidade de trabalho em equipe e flexibilidade em pessoas que passaram por experiências de voluntariado, sendo um grande diferencial no perfil profissional desejado para o cenário atual — afirmou a coordenadora do curso de Enfermagem, professora Márcia Restelatto.

A professora ressaltou ainda, que os desafios do voluntariado proporcionam o desenvolvimento de habilidades muito mais abrangentes, ou seja, é um ótimo caminho para testar limites e, mais do que isso, sair deles. Além disso, ela acredita que não há satisfação maior do que saber que um gesto ou uma soma de ações foi capaz de mudar a vida de alguém.

— Em um mundo em que a solidariedade é cada vez mais difícil de ser encontrada, quem faz voluntariado faz uma grande diferença na vida de muitas pessoas, com consequências que poderão ser lembradas por muitos e muitos anos. Aléxia é prova concreta disso. Parabéns Alexia — concluiu a coordenadora Márcia.

Fotos e outras vivências de Alexia em sua missão podem ser conferidas na página dela no Instagram https://www.instagram.com/travelsdeenfermeira/