Empresa catarinense faz investimento bilionário e monta fábrica nos Estados Unidos
Estima-se incremento de receita anual de R$ 750 milhões.
Presidente do Conselho Administrativo do Portobello Grupo, Cesar Gomes Junior, 66 anos, tem sua história de vida ligada à empresa fundada pelo pai, há 44 anos, em Tijucas, na Grande Florianópolis.
Varejista líder nacional no segmento de revestimentos cerâmicos, a empresa exporta para mais de 70 países e, após investir R$ 1 bilhão, vai inaugurar uma fábrica nos Estados Unidos neste mês, ampliando seu nível de internacionalização e estimando um incremento de R$ 750 milhões na receita anual.
Gomes Junior começou a trabalhar com o pai na adolescência, antes da fundação do Portobello Grupo. Desde o início na empresa, atuou por mais de três décadas como CEO.
Formando a terceira geração da família para o comando dos negócios, considera cedo para falar em legado e, embora identifique desafios no setor, celebra o bom momento do grupo, em especial a chegada à América do Norte.
Formado em administração de empresas pela Esag/Udesc (Escola de Administração de Empresas da Universidade do Estado de Santa Catarina), ele considera a inauguração da fábrica nos Estados Unidos um passo extremamente importante na estratégia de internacionalizar cada vez mais a empresa.
“É um dos maiores mercados importadores de cerâmica do mundo e com forte crescimento de consumo de cerâmica. Nos Estados Unidos, 50% do mercado ainda opta por carpete e isso vem caindo gradativamente por ‘n’ razões, sobretudo pela praticidade, custo e competitividade. É um mercado com potencial de crescimento muito grande”, salienta.
A Portobello já está no mercado americano há muitos anos, porém, a nova fábrica, em Baxter, no Tennessee, é considerada um passo mais consistente, agora com produtos ‘made in USA’.
A exportação, entretanto, continuará saindo do Brasil. O foco da Portobello América será atender o mercado americano, mas naturalmente espera aumentar a capacidade de exportação do Brasil para os Estados Unidos.
O anúncio vem trazendo reflexos positivos desde já. “Estive há duas semanas na principal feira de revestimento de cerâmica, na Itália, e um cliente novo comprou mais de 50 contêineres, uma quantidade representativa para um primeiro pedido. E ele disse: ‘uma empresa que investe numa fábrica nos Estados Unidos realmente tem uma cabeça de internacionalização, uma política forte de exportação e isso me deu muito conforto para essa parceria com vocês’”, conta.
