Endoscopias
Endoscopias
Os pacientes que sobreviveram e familiares das vítimas de complicações causadas depois de um exame de endoscopia em Joaçaba, receberam uma convocação do Conselho Regional de Medicina. Eles devem prestar depoimento numa audiência da sindicância ética profissional movida contra o médico Denis Conci Braga.
Os pais de Iara Penteado, uma das pacientes que morreu ao passar pelo exame, afirmaram em recentes entrevistas que devem depor afirmando que houve erro médico. A sindicância que corre no Conselho Regional de Medicina vai ter o parecer avaliado por uma câmara de ética. Se houver indícios de infração o médico pode responder a um processo com penas que variam desde uma advertência até a cassação do diploma.Não há data prevista para a conclusão dos trabalhos. Inquérito O inquérito do caso já tem mais de 260 páginas. É nesta papelada toda que a polícia espera encontrar as respostas para as mortes. No total, sete laudos já foram entregues, mas ainda faltam outros quatro, todos envolvendo os medicamentos que estavam sendo usados no dia em que tudo aconteceu. Mas, mesmo sem a conclusão do inquérito o delegado que cuida do caso, Mauricio Pretto, já afirma que é possível dizer que as mortes aconteceram por erros na dosagem da substância lidocaína, um anestésico usado neste tipo de exame. “Podemos afirmar que o excesso de lidocaína causou as mortes. Mas, existem outros problemas, como a ingestão da pomada, que não pode ser administrada desta maneira e sim através de um spray”. O delegado disse também que os laudos mostram que as pacientes que morreram primeiro, Santa Pagliarin e Maria Rosa dos Santos, faziam uso de medicamentos de maneira contínua, como os para hipertensão. Isso pode ter potencializado o efeito da lidocaína usada em excesso. “Estas pacientes, deveriam ter tomado uma dose menor do anestésico. Tanto isso é verdade que elas foram as primeiras a morrer”. O médico responsável pela clínica, Denis Cônci Braga, deve ser indiciado por homicídio culposo,quando não intenção de matar,e imperícia médica. Se condenado, ele deve cumprir a pena em liberdade.