Epagri cede área em Campos Novos para instalação do Instituto Federal Catarinense
O anúncio da cessão da área foi feito em reunião nesta segunda-feira, 4, na Sede da Epagri, em Florianópolis.
Na manhã desta segunda-feira, 4, o presidente da Epagri, Dirceu Leite, anunciou que a Empresa vai ceder cinco hectares de sua área em Campos Novos para que o Instituto Federal Catarinense (IFC) instale um campus no município. O anúncio foi feito em reunião na Sede da Epagri, em Florianópolis.
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De acordo com Dirceu Leite, os cinco hectares serão repassados para o IFC em sistema de comodato. “Recebemos essa demanda do Instituto no começo de 2024. A partir disso, o governador Jorginho Mello nos solicitou um replanejamento das atividades da Estação Experimental da Epagri em Campos Novos para atender ao pedido, pois entende a importância da instituição de ensino para a região. Agora, a partir de um plano de reestruturação da Epagri, isso foi possível de forma a não prejudicar a pesquisa agropecuária que desenvolvemos em nossa unidade no município”, relata o presidente.
Pesquisa com leite e grãos
A Estação Experimental da Epagri em Campos Novos (EECN) está em uma área de 98,5 hectares, dividida entre áreas de preservação, benfeitorias, pastagens e produção de grãos. É a única unidade de pesquisa que abriga um Centro de Referência Tecnológica (CRT) para produção de leite.
Esse CRT ocupa 25 hectares com pastagens perenes e anuais e desenvolve pesquisas direcionadas à produção sustentável de leite. Atualmente a EECN possui um rebanho leiteiro com 85 animais. Outros 32 hectares são utilizados para a produção de grãos de soja e de milho (grão e silagem), que são destinados para a alimentação desses animais.
Conforme a gerente da Estação, pesquisadora Fabiana Schmidt, essas áreas também são destinadas para a produção de sementes genéticas de milho, feijão, azevéns, festuca e linhaça, entre outras culturas das quais a Epagri é obtentora. Ela informa, ainda, que a estação desenvolve projetos de pesquisa de abrangência estadual da pecuária consciente carbono zero.
“Esses estudos consistem em desenvolver estratégias de mitigação de gases do efeito estufa, principalmente metano entérico, e definir os parâmetros que permitam calcular a pegada de carbono da pecuária de leite bovina à base de pastagens. Com isso, apoiamos o compromisso que o Governo de Santa Catarina assumiu na COP26 para desenvolver sistemas agropecuários resilientes, com transição social justa para economia de baixo carbono ou baixa emissão de GEE”, diz ela.
A unidade conta, também, com uma das mais antigas e completas estações meteorológicas de Santa Catarina, de grande importância para a manutenção da qualidade das informações ambientais para o Estado. A EECN atende cerca de 30 municípios. Com o plano de reestruturação da Epagri, novos pesquisadores serão contratados para a unidade. Eles vão trabalhar especificamente com gado leiteiro e produção de grãos, aumentando assim os níveis de conhecimentos e soluções oferecidos pela Empresa.