Governo do Estado vai permitir aos municípios decidir sobre volta das aulas e transporte coletivo
Segundo o governador, a partir de 1º de junho a decisão pela retomada das atividades suspensas será dos prefeitos.
O governador de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL), permitirá aos municípios flexibilizar a quarentena contra o coronavírus a partir de 1° de junho. A circulação de ônibus, as aulas e eventos, por exemplo, que estão proibidos, também estarão incluídos no pacote. O anúncio sobre as mudanças ocorreu durante a manhã desta quarta-feira (27), em Joinville, no Norte catarinense, após uma reunião com prefeitos e empresários da região.
Segundo Moisés, a medida leva em consideração a utilização de uma nova ferramenta de gestão regionalizada, que envolve diversos fatores no combate à disseminação da pandemia. No estado, são 7.016 casos confirmados, sendo 805 em Chapecó e 622 em Florianópolis, e 121 mortes, segundo o boletim divulgado pelo governo na terça (26). A quarentena é recomendada por médicos, cientistas e pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
"A partir de segunda-feira, com essa ferramenta epidemiológica, cada região do estado poderá ter uma gestão inclusive dissociada com o todo estadual, ou seja, não é mais um decreto dizendo está proibido o transporte coletivo. Cada região com a ferramenta poderá avaliar e dizer se naquela situação os números do aumento de casos e de óbitos se é seguro voltar o transporte coletivo ou até outras atividades que ainda estão suspensas", disse.
Sobre o avanço da doença no estado, o governador disse que mesmo com a flexibilização, ainda poderá adotar medidas mais restritivas. "Não é questão de medida drástica, mas sim medida necessária. Em algumas regiões é possível sim, dependendo dos números. Os estudos nos apresentam que nos próximos dias para Santa Catarina devemos ter o avanço do número de casos e isso está previsto nessa metodologia nos indicativos de avaliação epidemiológica", afirmou.
Moisés também comentou sobre a assinatura feita na noite de terça-feira (26) da medida provisória para compensar as perdas salariais dos profissionais da saúde que estão trabalhando na linha de frente ao combate da Covid-19.