Grupo é resgatado após ser arrastado por cabeça d’água em Chapecó
Cinco banhistas estavam ilhados dentro de rio, próximos de uma cachoeira.
Um banho de rio terminou em momentos de apreensão e um resgate de quatro horas na tarde deste domingo (25), em Chapecó. Três jovens que se refrescavam nas águas do Rio Rodeio ficaram ilhados depois que o nível do rio subiu repentinamente. A elevação teria sido causada por um fenômeno chamado “cabeça d’água”, quando há chuva forte na cabeceira do rio e aumento repentino nas águas.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros Militar, dois homens e uma mulher estavam ilhados dentro do rio, próximo a uma cachoeira, abraçados uns aos outros para se proteger da correnteza. Outras duas pessoas chegaram a ser arrastadas pelas águas, mas conseguiram sair do rio. Os banhistas têm entre 19 e 22 anos.
Um bombeiro militar que estava em folga foi chamado por moradores e iniciou o resgate dos banhistas. Uma equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local em seguida e iniciou um trabalho para a retirada das pessoas. Com o uso de cordas, os socorristas fizeram uma “linha de vida”, uma espécie de tirolesa adaptada para acessar o meio do rio, onde estava o grupo, permitindo assim a saída deles das águas em segurança.
Todas as vítimas resgatadas estavam bem. As duas pessoas que haviam sido arrastadas sofreram escoriações no corpo. O trabalho de resgate durou quatro horas e envolveu cinco bombeiros e outros moradores que estavam no local e ajudaram nos trabalhos.
Bombeiro em férias foi acionado e viabilizou resgate
Em vídeo, o cabo Giovani Pereira, primeiro bombeiro a chegar ao local, contou que estava em férias e foi acionado pela própria mãe, que mora próximo ao local e foi procurada por moradores relatando a tromba d’água que havia arrastado pessoas rio abaixo. No local em que os banhistas estavam ilhados não havia sinal de celular. Com isso, Giovani avisou a central do Corpo de Bombeiros sobre a ocorrência e se ofereceu para fazer o atendimento da ocorrência, já que conhecia a região. Ele e outros dois bombeiros comunitários foram até o local da ocorrência.
"Como não havia material disponível, eu me desloquei até a chácara de nossa família e recolhi todos os materiais disponíveis para poder fazer um sistema e resgatar essas pessoas. Atravessei uma lavoura para ir até a outra margem do rio e fizemos uma “linha da vida” para poder tornar esse resgate possível", contou.
Os materiais obtidos por Giovani foram usados junto com itens que estavam na ambulância da corporação. O bombeiro afirmou que o fato de eles terem ficado abraçados pode ter sido decisivo para que eles não tenham sido arrastados.
"!O peso manteve eles fixos no meio do rio, se fosse uma pessoa só, possivelmente teria sido arrastada", conta, frisando que o rio tem uma queda d’água de 15 metros mais à frente, o que ofereceria grande risco para os banhistas caso não tivessem sido resgatados.