Herval e Luzerna na lista das cidades com alto risco de transmissão de dengue em SC
Segundo a Dive/SC, a taxa de incidência da doença é de 300 casos a cada 100 mil habitantes.
Em situação de emergência devido à doença, Santa Catarina tem 47 municípios com alto risco de transmissão de dengue. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (26) após um estudo conduzido pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina).
De acordo com os dados, o estado apresenta uma taxa de incidência de 300 casos a cada 100 mil habitantes, o que tem preocupado as autoridades de saúde. O estudo faz parte do LIRAa (Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti), deste ano.
“Os dados demonstraram um aumento significativo nos municípios classificados com médio risco. Em março de 2023 foram 38,4% dos municípios nessa condição, enquanto este ano o percentual subiu para 46%. Também ocorreu aumento dos municípios classificados em alto risco. Este cenário reflete a realidade que o estado vem enfrentando no ano de 2024 com o aumento de 650% dos casos prováveis de dengue quando comparado ao mesmo período do ano anterior”, alerta João Augusto Brancher Fuck, diretor de vigilância epidemiológica do estado.
Dos municípios com alto risco, nove estão localizados na região de saúde Extremo Oeste, nove no Oeste, nove em Xanxerê, seis na Foz do Rio Itajaí, quatro no Meio Oeste, três no Alto Uruguai Catarinense, três no Nordeste, dois no Médio Vale do Itajaí, um em Laguna e um no Planalto Norte.
Além dos municípios com alto risco, o relatório revela que 69 municípios apresentam médio risco e 34, baixo risco para transmissão da dengue. Segundo a Dive, são estes resultados que auxiliam a entender o cenário de transmissão das arboviroses no estado.
No Meio-Oeste, cidades como Luzerna e Herval d'Oeste aparecem na lista dos municípios que possuem alto risco de transmissão, o que causa preocupação e mostra a gravidade da doença nas cidades. Joaçaba, Capinzal e Ouro, por exemplo, estão na lista de risco médio.
Onde há mais focos?
Do total de objetos averiguados, a maioria (39%) era de recipientes móveis, como pratinhos de plantas e baldes, seguidos por lixo e sucata (30,1%) e os recipientes fixos como calhas e piscinas (14,8%).
Municípios com alto risco de transmissão
- Abelardo Luz;
- Água Doce;
- Águas de Capecó;
- Águas Frias;
- Alto Bela Vista;
- Anchieta;
- Araquari;
- Balneário Camboriú;
- Bom Jesus;
- Bombinhas;
- Brusque;
- Camboriú;
- Chapecó;
- Coronel Freitas;
- Coronel Martins;
- Erval Velho;
- Faxinal dos Guedes;
- Formosa do Sul;
- Garuva;
- Guabiruba;
- Guarujá do Sul;
- Herval d’Oeste;
- Ilhota;
- Ipira;
- Iraceminha;
- Itapema;
- Joinville;
- Lajeado;
- Grande Luzerna;
- Modelo;
- Mondaí;
- Paraíso;
- Passos Maia;
- Piratuba;
- Porto Belo;
- Porto União;
- Quilombo;
- Riqueza;
- Santiago do Sul;
- São Carlos;
- São Domingos;
- São José do Cedro;
- São Lourenço do Oeste;
- São Ludgero;
- São Miguel do Oeste;
- Tigrinhos;
- Xanxerê.
Dados da doença
De acordo com o último boletim da Dive, Santa Catarina tem 17.696 casos prováveis de dengue em 177 municípios, o que representa um aumento de 650% quando comparado ao ano de 2023. Os dados são tão alarmantes que fizer o governo estadual declarar situação de emergência na última quinta-feira (22).
Quais são os sintomas da dengue?
De acordo com o Ministério da Saúde, os principais sintomas da dengue são:
- Febre alta maior 38.5ºC;
- Dores musculares intensas;
- Dor ao movimentar os olhos;
- Mal estar;
- Falta de apetite;
- Dor de cabeça;
- Manchas vermelhas no corpo.
No entanto, a infecção por dengue pode ser assintomática (sem sintomas), leve ou grave. Neste último caso pode levar até a morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns.
Em alguns casos também apresenta manchas vermelhas na pele. Na fase febril inicial da dengue, pode ser difícil diferenciá-la. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do SUS (Sistema Único de Saúde).