Impasse entre professores e governo não dá sinais de trégua e greve continua em SC

Uma nova manifestação dos professores está prevista para esta quarta-feira em Florianópolis.

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Foto: Beto Lima, CBN Joinville
Foto: Beto Lima, CBN Joinville

A greve dos professores da rede estadual de Santa Catarina completa duas semanas sem acordo entre a categoria e o governo catarinense. Nem o o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte-SC), nem o governo do Estado divulgaram um balanço atualizado sobre o número de professores em greve.

Na semana passada, a categoria falava em mais de 40% do quadro de educadores paralisado. Já Jorginho Mello (PL) disse que a adesão estava em menos de 10%. Mesmo assim, o governador fala em repor as ausências com temporários.

O Sinte diz que o governo quer descontar do salário dos professores os dias de paralisação. O próprio governador confirmou o desconto, em vídeo divulgado no fim do mês passado. O NSC Total procurou a SED para explicar como e quando serão feitos esses descontos, mas não teve resposta sobre o assunto.

Reivindicações do sindicato

O Sinte cobra um novo concurso público em vista da situação em SC, onde sete a cada 10 professores da rede estadual são temporários, e pede valorização da carreira. Outras reivindicações do sindicato são o reajuste do Piso Nacional na tabela salarial, com descompactação da tabela; aplicação da hora atividade para todos os trabalhadores da educação e revogação total do desconto de 14% aplicado na folha de pagamento dos aposentados.

Na semana passada, José Sérgio Cristóvam, que trata de assuntos jurídicos do sindicato, reforçou que os argumentos utilizados pelo governador “não têm fundamento” e apontou três justificativas: que a greve é um direito constitucional assegurado a todos os trabalhadores; que em todas as greves do magistério, historicamente, sempre houve reposição dos dias paralisados e nunca houve confirmação dos cortes dos salários dos servidores; e, por último, citou ser ilegal a reposição das vagas de profissionais em greve.

Os sindicalistas também rebatem o argumento do governador de que a descompactação da folha custaria R$ 4,6 bilhões aos cofres públicos. Para eles, o valor é “superestimado” e alegam que há um total de R$ 3,5 bilhões “para serem aplicados no serviço público catarinense”.

Os representantes da categoria dizem que o governador “reesquentou” propostas do ano passado e que dissemina desinformação quando fala que o Estado tem o maior salário da região Sul, já que no Rio Grande do Sul e Paraná, profissionais em início de carreira ganham mais.

Uma nova manifestação dos professores está prevista para esta quarta-feira (8), em frente à Assembleia Legislativa de Santa Catarina, em Florianópolis.

Fonte:

NSC

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