Alguns professores, admitidos em caráter temporário (ACTs), na Educação infantil de Joaçaba compartilharam com o Portal Éder Luiz a angústia que tem vivenciado diante do cenário instaurado na educação com a pandemia do Covid-19. Alguns informaram que receberam férias, mas estariam preocupados com o que pode vir a acontecer depois, visto que não há uma definição de retorno das aulas. Diante disso, o Portal procurou a Secretária de Educação do município, Ana Beatriz Brancher para comentar o assunto.

A Secretária afirmou, primeiramente, que os reflexos da pandemia têm gerado preocupações como as externadas pelos ACTs em vários setores da sociedade e é geral a falta de uma resposta para quando, de fato, as coisas irão normalizar ou sobre garantias quanto ao futuro. No entanto, ressaltou que a secretaria de educação tem trabalhado incansavelmente na tentativa de minimizar os impactos da crise e buscado uma comunicação transparente com os professores, por meio de diversas reuniões.

“Compreendemos que é uma situação difícil. O Conselho Nacional de educação autorizou trabalhar dentro das 800 horas e não considerar 200 dias letivos de forma presencial. Também foi autorizado o ensino de forma remota. Mas, isso não se aplica à educação infantil e desse modo precisamos pensar na creche, educação infantil e ensino básico de forma separada, sendo que Creche é uma situação ainda mais delicada, onde para cada grupo de 18 crianças temos no mínimo 5 professores com 40 horas. Além disso, neste momento de afastamento também temos que ter responsabilidade quanto aos gastos públicos, no qual para o gasto empregado há que se ter uma contrapartida de trabalho. Assim sendo, de momento temos agido da seguinte forma: aos que tem direito estamos dando licenças e aos que tem férias também, fora isso, é incerto afirmar algo, mas, reforçamos que o nosso esforço está em busca da preservação dos professores” explicou Ana.

A Secretária comentou ainda, que na próxima semana deve sair um decreto "que nos levará a pensar sobre os rumos do trabalho, principalmente caso não haja a retomada das atividades em junho".

“Já fizemos reuniões com os professores e explicamos a situação. Estamos seguindo os ordenamentos legais e tudo que for possível de ser mantido, vamos lutar para manter. Por enquanto todos nós estamos com as mesmas incertezas, mas tão logo que tenhamos algo oficial isso será comunicado”, disse.

Por último, Ana reforçou que está à disposição para conversar com os professores e que estes também podem procurar a secretaria para mais esclarecimentos.