João Estrela, o homem que inspirou o filme “Meu nome não é Jhonny”, está em Joaçaba nesta terça-feira. Ele participa de palestras na Unoesc, que fazem parte de um projeto lançado ainda em 2010 que visa conscientizar sobre o problema das drogas. Pela manhã o papo foi com alunos de psicologia e hoje á noite, á partir das 19h30 no Auditório Afonso Dresch, João ministra palestra para os estudantes de comunicação social.

Á tarde, João Estrela concedeu uma entrevista a Fernanda Mingori, da Unoesc FM. Na conversa, João, que chegou a ser considerado um dos maiores traficantes de drogas do Rio de Janeiro e foi preso e condenado pelo crime, falou sobre suas experiências e como conseguiu mudar de vida. Hoje ele diz que o maior barato que alguém pode ter na vida é viver a realidade. “Não tem droga que te dê a sensação de viver esta realidade”. João também disse que sua vida mudou após o livro “Meu nome não é Jhonny”, especialmente em 2008, quando houve o relançamento e ele teve a oportunidade de ser pai pela primeira vez. Como projeto de futuro deve vir à peça de teatro com sua história. “Estou trabalhando para lançar a peça, que terá como ator principal Marcos Palmeira, mas tenho me dedicado muito as palestras, como as de hoje”. História O carioca João Guilherme Estrella tem uma história como poucas. Entre 1989 e 1995, chegou a ser o principal distribuidor de drogas para a elite do Rio de Janeiro, credencial que lhe franqueou acesso às melhores festas da cidade e a transações milionárias. No auge de sua carreira, recebeu 150 000 dólares em uma única partida de cocaína para a Europa. Em seguida, foi preso e condenado a dois anos de reclusão. Primeiro, na carceragem da Polícia Federal, espremido numa cela com integrantes da facção criminosa Comando Vermelho. Depois, num manicômio judiciário.