Motorista de caminhão atingido por helicóptero em que estava Ricardo Boechat era do RS

Aeronáutica investiga queda de helicóptero.

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Foto: Marcelo Gonçalves / SigmaPress/Estadão Conteúdo
Foto: Marcelo Gonçalves / SigmaPress/Estadão Conteúdo

O motorista do caminhão que foi atingido pelo helicóptero em que estava Ricardo Boechat, jornalista que acabou morrendo no acidente, é de Caxias do Sul. João Tomankeves, 52 anos, é funcionário da Rápido ABC Transportes Ltda, sediada em Caxias.

Tomankeves dirigia o veículo da transportadora em um trecho do Rodoanel que dá acesso à rodovia Anhanguera, na zona oeste de São Paulo, quando, por volta 12h desta segunda-feira, foi atingido pela aeronave na altura do Km 7. O helicóptero caiu sobre a parte dianteira do caminhão baú, quebrando o para-brisa. O motorista foi atingido pelos estilhaços, mas teve apenas arranhões. 

As informações foram repassadas pelo gerente de logística da empresa, Adriano Roberto Rech. O caminhão estava vazio no momento do acidente. Ele havia saído Caxias no sábado e deixado uma carga de farinha de trigo na cidade de Diadema. Nesta segunda, se dirigia a cidade de Cajamar para carregar o caminhão com matéria-prima que seria distribuída no Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

A empresa tem matriz em Caxias desde 1988 e atua no setor de transportes de cargas nos setores plástico e alimentício.

O Pioneiro tentou contato com Tomankeves, mas ele teria passado mal enquanto prestava depoimento na delegacia de Polícia Civil e foi levado para atendimento médico. Segundo Rech, o motorista ligou para a empresa logo após o acidente. No relato dele aos colegas disse que trafegava pela rodovia quando viu surgir um vulto sobre o para-brisa, tentou desviar, mas não houve tempo. Ele trabalha na empresa há 20 anos.

Aeronáutica investiga queda de helicóptero

Investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, abriram investigação sobre a queda de helicóptero que que matou o jornalista Ricardo Boechat e o piloto do helicóptero, Ronaldo Quattrucci, nesta segunda-feira (11).

Segundo o órgão, agentes do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa IV) vão coletar dados, como "fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos".

O objetivo da investigação do Cenipa é "prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram".

O helicóptero saiu de Campinas, no interior do estado, onde Boechat participou nesta manhã de um evento, e seguia em direção à sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul . A queda ocorreu na rodovia Anhanguera, junto ao Rodoanel: a aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via.

Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a aeronave, um Bell Helicopter prefixo PT-HPG, estava em situação regular.

"De acordo com o Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), a aeronave estava com o Certificado de Aeronavegabilidade válido, bem como a Inspeção Anual de Manutenção, ou seja, em situação regular", diz nota da Anac.

Modelo do helicóptero

A aeronave era um Bell Helicopter fabricada em 1975. Com capacidade para cinco pessoas, sendo um piloto e quatro passageiros, esse modelo de helicóptero é considerado seguro. O proprietário do helicóptero é a empresa RQ Serviços Aéreos Especializados Ltda, do piloto, que morreu na queda.

Segundo o site da empresa proprietária, a aeronave tem um alcance de 500 km e velocidade de 170 km por hora. De acordo com o site da Anac, o peso máximo de decolagem é de 1.247 quilos.

Fonte:

Com informações de Pioneiro/Click RBS e G1

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