MP denuncia Nego Di por estelionato e lavagem de dinheiro em ação que investiga rifas ilegais
Gabriela Sousa, esposa do influenciador, também foi denunciada por lavagem de dinheiro pelo MP.
O influenciador Nego Di, preso em julho em Florianópolis, foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de estelionato, lavagem de dinheiro e uso de documento falso, além de contravenção penal. Ele era investigado pela promoção de rifas virtuais ilegais. As informações são do g1.
Gabriela Sousa, esposa do influenciador, também foi denunciada por lavagem de dinheiro pelo MP. Eles foram alvos de uma operação em julho deste ano, quando dois veículos de luxo foram sequestrados e uma arma de uso restrito das Forças Armadas, sem registros, foi apreendida.
Caso a Justiça aceite a denúncia, o casal se torna réu. A defesa deles, conduzida pelas advogadas Tatiana Borsa e Camila Kersch, afirmou ao g1 que provará a “inocência dos representados munida de provas que comprovam a licitude de seus bens, a realização de parte da doação por troca de cachê de publicidade e movimentação financeira lícita”.
Prisão em Florianópolis
Dilson Alves da Silva Neto, conhecido como Nego Di, foi preso preventivamente em Florianópolis em julho, em outra ação na qual já é réu, que investiga um suposto esquema de produtos vendidos em uma loja virtual do influenciador, mas nunca entregues.
Neste processo, ele é réu por estelionato. Na quarta-feira (4), a Justiça gaúcha negou um pedido de liberdade feito pela defesa do influenciador.
Rifas ilegais
De acordo com a denúncia, divulgada nesta quinta-feira (5), o influenciador e a esposa obtiveram cerca de R$ 2,5 milhões com as rifas ilegais entre novembro de 2022 e maio de 2024. Foram mais de 300 mil transferências bancárias, inicialmente destinados a contas de terceiros.
O MP afirma que Nego Di promoveu uma rifa de um Porsche e mais R$ 150 mil em dinheiro, “induzindo em erro as vítimas” usando vídeos nas redes sociais. Ele teria anunciado um vencedor fictício, já que ele teria adquirido o número sorteado.
Já a denúncia de uso de documento falso atribuída ao ex-BBB diz respeito a um suposto comprovante de R$ 1 milhão, que ele disse ter transferido para uma campanha de arrecadação de dinheiro para os afetados pelas enchentes no Rio Grande do Sul. A transferência, na verdade, teria sido de R$ 100.
O que diz a defesa do casal
“A defesa de Nego Di, Dilson Alves da Silva Neto e sua companheira afirma que provará a inocência dos representados munida de provas que comprovam a licitude de seus bens, a realização de parte da doação por troca de cachê de publicidade e movimentação financeira lícita. Seus bens apreendidos foram adquiridos de forma lícita, comprovando que sua renda é compatível com seu patrimônio.
Ainda, em que pese o requerimento por parte do Ministério Público de alienação antecipada dos bens, tal decisão foi suspensa a pedido da Defesa.
Tatiana Borsa e Camila Kersch
Advogadas"
Acusação de estelionato
Nego Di foi preso em julho em uma casa em Jurerê, em Florianópolis, e depois transferido para a Penitenciária Estadual de Canoas (Pecan), na Região Metropolitana de Porto Alegre, onde segue preso preventivamente por uma acusação de estelionato.
Segundo a Justiça, ele é acusado de praticar 17 vezes o crime de estelionato qualificado pela fraude eletrônica, pela venda de produtos pela internet que nunca foram entregues. Um sócio do influenciador também foi acusado.