Município é condenado a indenizar família de homem que se afogou em acidente de carro

O município foi condenado a indenizar esposa e dois filhos do homem em R$ 50 mil cada, em total de R$ 150 mil.

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Divulgação/Rgbstock-Mzacha
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O município de Tubarão foi condenado a indenizar a esposa e dois filhos de um homem que morreu por afogamento após cair com seu carro em uma vala aberta que estava sem sinalização e iluminação adequada. A decisão é da juíza substituta Rayana Falcão Pereira Furtado atuante na Vara da Fazenda Pública, Execução Fiscal, Acidentes de Trabalho e Registros Públicos da comarca de Tubarão.

De acordo com a ação, o acidente aconteceu em maio de 2017, quando o homem, de 50 anos, transitava com seu veículo na Rua dos Ferroviários, ao anoitecer, quando caiu em uma vala no fim da via que estava sem sinalização adequada e com precária iluminação. Ele se afogou e morreu. Dias após o acidente,​ o município providenciou a fixação de uma defensa metálica (guard rail) no local, bem como fixou placa indicativas e pintou o meio-fio da calçada. A decisão aponta que “da análise dos autos, verifica-se que a omissão do Município requerido foi o fato gerador do evento danoso, já que não manteve a via pública, cenário do fato ora discutido, em condições seguras para o tráfego”.

Segundo a decisão da magistrada, de acordo com as provas produzidas, ficou evidenciado que não há qualquer outro motivo para a ocorrência do acidente senão a falta de sinalização, iluminação adequada e segurança na via. “O descumprimento do dever de sinalização, fiscalização, segurança e manutenção da rodovia é o que contribuiu decisivamente p​ara a ocorrência do fato lesivo”. Demonstrada a responsabilidade civil do Município pelo acidente que causou a morte da vítima, concluiu a juíza, a reparação dos demandantes pelo ilícito é medida que se impõe.

O município de Tubarão foi condenado a indenizar esposa e dois filhos do homem em R$ 50 mil cada, em total de R$ 150 mil, a título de danos morais, pensão mensal, em favor da esposa e filha, no valor de 2/3 do salário mínimo, desde o evento danoso, e R$ 1.200, a títulos de danos materiais decorrentes de despesas fúnebres, valores acrescidos de juros e correção monetária. Cabe recurso da decisão ao TJSC (Autos nº 5005937-65.2019.8.24.0075).

Fonte:

TJSC

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