Nem UTIs lotadas e ‘explosão’ de casos de gripe levam população de SC a se vacinar
Estado emite alerta para risco de gripe.
A semana começou com a Secretaria Estadual de Saúde decretando emergência em saúde após as superlotações das UTis (Unidades de Terapia Intensiva) no Estado. No entanto, nem o número crescente de casos de síndromes respiratórias, nem o alerta estadual fez com que os catarinenses tomassem a vacina contra a gripe.
De acordo com o portal de dados oficial do Ministério da Saúde, faltam 1.294 milhão de pessoas para atingir a meta de vacinação no Estado nesta quarta-feira (21).
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A situação é tão crítica no Estado que a última pesquisa feita pela FioCruz apontou tendência de crescimento de síndrome respiratória em Santa Catarina. Doença essa que pode ser prevenida por meio da vacinação.
Casos em Santa Catarina
Segundo boletim divulgado pela Dive/SC (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) na terça-feira (20) foram confirmados no Estado 468 casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por influenza, ou seja, casos graves de gripe, que necessitaram de hospitalização.
Deste total, 31 pessoas morreram por causa da doença, sendo que a maior parte (87%) apresentava pelo menos uma comorbidade e/ou fator de risco. Entre os óbitos, mais da metade (54%) foram de idosos com 60 anos ou mais.
Por esse motivo, a gerente de imunização da DIVE/SC, Arieli Schiessl Fialho, destaca que pessoas mais vulneráveis à doença como crianças, idosos, gestantes, pessoas com comorbidades devem procurar uma unidade de saúde e tomar a dose da vacina.
Segundo a Dive, a Campanha de Vacinação contra a gripe termina no dia 30 de junho, mas as doses da vacina vão continuar disponíveis nos postos municipais de saúde até o fim dos estoques de cada cidade.
A Campanha teve início no dia 10 de abril apenas para a população dos grupos prioritários, mas desde o dia 12 de maio, após o aumento do número de hospitalizações por gripe no estado, a pasta liberou o imunizante para toda a população a partir dos seis meses.
Alerta
Santa Catarina emitiu um alerta para a importâncias dos cuidados para evitar a contaminação por doenças respiratórias com a chegada do inverno. Isto porque, com os dias mais frios, o risco de transmissão do vírus Influenza tende a crescer, o que pode gerar complicações, principalmente entre a população mais vulnerável.
Conforme dados da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive), 468 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza foram confirmados no Estado em 2023. São casos graves e que necessitaram de internação.
Dos pacientes, 31 morreram por conta da doença, sendo que 87% tinha alguma comorbidade ou fator de risco. Além disso, 54% das vítimas tinham 60 anos ou mais.
A Dive alerta, ainda, a importância de adotar outras medidas para a prevenção de doenças respiratórias durante o inverno. Entre elas estão: higienização frequente das mãos; a utilização de lenço descartável ou do antebraço ao tossir ou espirrar; o uso de máscara em caso de sintomas respiratórios; a necessidade de manter ambientes sempre ventilados; o não compartilhamento de objetos pessoais; a importância de evitar contato próximo com outras pessoas em caso de sintomas; evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, bem como adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.