A história esquecida que poderia nos levar mais longe

A partir de hoje, estreamos oficialmente as colunas de opinião no Éder Luiz Notícias. Este é um espaço para refletir sobre temas que nos tocam e que merecem ser debatidos. Outros colunistas também passarão a contribuir, e você, leitor, também poderá participar: envie sua ideia para os nossos canais, e, após avaliação, ela poderá ser publicada.

Para começar esta nova fase, escolhi falar de algo que me incomoda há muito tempo: a forma como Joaçaba e Herval d’Oeste valorizam pouco a sua própria história. Esse contexto surgiu de conversas com as gerações mais novas, que para minha surpresa, desconhecem a riqueza dos fatos que aconteceram por aqui.

Pouca gente se dá conta, mas nossa origem tem raízes riquíssimas: a chegada da estrada de ferro São Paulo/Rio Grande do Sul moldou não apenas o crescimento das cidades, mas também suas culturas e costumes. Não temos hoje sequer um museu que mostre essa epopeia. A ferrovia, que cortava nossa região, trouxe movimento, riqueza, histórias incríveis — como a vinda de imigrantes e a conexão entre comunidades isoladas — mas sobre isso quase não se fala.

Outro capítulo praticamente esquecido é a Guerra do Contestado, um dos maiores conflitos da história brasileira, que teve cenários importantes em nossa região. E que dizer dos tropeiros? Foram eles que abriram caminhos, que impulsionaram os primeiros comércios, que povoaram estas terras — mas essa memória também vai se apagando, ano após ano.

Casas antigas, com arquitetura que contava nossa história em cada janela e cada varanda, vão sendo demolidas ou descaracterizadas. Poucos são os esforços de preservação. E sem memória, enfraquece-se também a identidade de um povo.

É impossível não pensar: quanto mais forte é o orgulho pela própria história, mais forte é o senso de pertencimento. E mais oportunidades se abrem também para o turismo, para a educação cultural, para o desenvolvimento econômico. Valorizar quem construiu, quem faz e continua fazendo nossa história é mais do que um dever. É um caminho para o futuro.

Que esta coluna seja um convite à reflexão. A partir de agora, queremos dar voz a quem também deseja olhar para a nossa terra com carinho e visão. Nossa história é viva — ou deveria ser.

E que essa seja apenas a primeira de muitas boas conversas que teremos por aqui.

Você também pode escrever para o Éder Luiz Notícias. Envie sua ideia para nossos canais! Estamos abertos a textos que tragam reflexões importantes para nossa comunidade.

Queremos ouvir a sua opinião! Deixe seu comentário abaixo!