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Divulgação/Josué Damacena (IOC/Fiocruz)
Saúde

Casos de vírus respiratórios seguem em alta no Brasil, alerta Fiocruz

Boletim mostra tendência de queda em parte das regiões, mas estados como SC ainda requerem atenção

Pedro

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Divulgação/Josué Damacena (IOC/Fiocruz)

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A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou nesta quinta-feira (3) um novo boletim do InfoGripe que aponta a permanência de casos elevados de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na maior parte do país. Embora algumas regiões apresentem sinais de estabilidade ou queda, o cenário ainda é de alerta em diversos estados.

Segundo a pesquisa, há indícios de queda ou interrupção do crescimento dos casos de SRAG causados pela Influenza A nas regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste, além de uma desaceleração nos registros provocados pelo vírus sincicial respiratório (VSR). No entanto, estados como Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima continuam com tendência de alta nas internações.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, os vírus mais detectados entre os casos positivos de SRAG foram:

  • Vírus sincicial respiratório: 47,7%
  • Influenza A: 33,4%
  • Rinovírus: 20,6%
  • Covid-19 (Sars-CoV-2): 1,8%
  • Influenza B: 1,1%

Entre os óbitos, o destaque fica para a Influenza A, responsável por 74,1% dos registros.

A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, reforça a importância da vacinação contra a gripe, especialmente para os grupos prioritários atendidos pelo SUS. “Mesmo quem já teve gripe este ano deve se vacinar, pois a vacina protege contra os três principais vírus da influenza que afetam os humanos”, explica.

Ela destaca ainda que a Influenza A é hoje a principal causa de hospitalizações e mortes por SRAG entre idosos. Já nas crianças pequenas, o maior impacto se deve ao vírus sincicial respiratório, seguido pelo rinovírus e pela própria Influenza A.

Apesar da melhora em partes das regiões Centro-Sul, Norte e alguns estados do Nordeste, a SRAG provocada pela Influenza A continua avançando em Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Roraima.

Estados em alerta
Seis estados brasileiros apresentam nível de alerta, risco ou alto risco com tendência de crescimento dos casos de SRAG: Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima.

Em contrapartida, a incidência apresenta sinais de queda no Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão e Paraíba.

A Fiocruz continua monitorando a situação e recomenda atenção redobrada com os sintomas respiratórios, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades.


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