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Gastronomia - Especial de Fim de Ano

Ceia de Natal para pessoas com restrição alimentar

Veja como é possível aproveitar o Natal e o Ano Novo sem fugir da dieta especial de Celíacos, Diabéticos e Hipertensos!

Éder Luiz

Éder Luiz

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Rodrigo Leitão

Nenhuma doença é impeditivo para comer coisas gostosas. Quem tem intolerância ao glúten geralmente não pode apreciar a maioria das delícias oferecidas na ceia de Natal. Mas é possível comer muito bem nessa época do ano, inclusive no caso dos diabéticos e dos hipertensos. Os intolerantes ao glúten, proteína presente no trigo, também precisam tomar cuidado com aveia, cevada, o malte, que é um subproduto da cevada e o centeio. Mas dá para fazer uma ceia bem brasileira, afinal, nosso Natal é quente e não deveria mesmo ter a maioria das comidas pesadas do inverno europeu.

Nesse caso, a ceia poderia ter torradas com kani ou salmão na entrada. Um risoto com arroz sete grãos, queijo coalho assado e catupiry, castanhas e grãos de feijão fradinho. Como carne, peixe assado temperado com ervas finas e de sobremesa frutas da estação. Para beber, suco natural de frutas, feito na hora.

Já a ceia para os diabéticos é mais complicada. Já pensou Natal sem rabanada? A ceia do diabético não pode ter açúcar e nem muito carboidrato de farinhas brancas. Então ele deve começar com frutas, de preferência já preparadas para a degustação, porque isso estimula o consumo de frutas e evita exageros mais tarde. Em seguida vem a salada, de preferência temperada com limão e azeite, cravo da índia, alecrim, porque geralmente o diabético também é hipertenso. Aí vale tudo, folhas verdes, saladas de feijão verde, lentilha …

No prato principal, prefira peixes e carnes magras, filé, lombo de porco, chester. Se você for diabético e fizer muita questão de farofa na Ceia de Natal, faça uma farofa com queijo de soja, banana, passas e clara de ovo.

Ah!, dá pra comer rabanada sim. Mas tem de ser feita com leite desnatado. Do ovo, use só a clara. No lugar do açúcar use adoçante de cozinhar. E aí você assa a rabanada no forno, em vez de fritá-la.

Para os hipertensos, de entrada, torradas com pastas de soja ou tofu. Pode comer um pouco de amendoim sem casca, amêndoas, avelãs, nozes, pouca castanha-de-caju, castanha do Brasil, pouco pistache, frutas secas sem açúcar, tipo damascos. Mas não pode exagerar porque são alimentos muito calóricos. Uma boa ideia de entrada e até sofisticada, é tabule de quinoa, com torradinha de pão integral. Muita salada de folhas verdes, tomates cereja, pepino, rúcula, agrião, alface e tempere com manjericão, orégano, alecrim, sálvia, entre outras ervas aromáticas, limão e azeite. Pode incluir palmito e salpicar gergelim preto, fica uma delícia. Essa eu faço muito em casa.

O hipertenso pode optar, no prato principal, por carne de soja, almôndegas por exemplo, ou peixe do tipo robalo, badejo ou salmão. Além do bacalhau, com azeite, cebolas e pimentão. Como acompanhamento, você pode servir um risoto de arroz negro, tomate seco, castanha do Pará. Uma guarnição muito fácil e gostosa é arroz integral com lentilha e aspargos amarelos em pedaços. E de sobremesa, para os hipertensos, muita fruta e sorvete.

DICA DE HARMONIZAÇÃO:

O ideal para o celíaco é o vinho orgânico, tinto e seco. No Brasil se vende o chileno Adobe, da Emiliana. É excelente, custa entre R$ 30 e R$ 70 a garrafa e você encontra nos supermercados. Esse vinho vale para todo mundo. Se você é diabético ou hipertenso e não quer deixar de tomar uma tacinha, prefira espumante Nature, que é zero de açúcar e tem pouco álcool. O ideal é que as pessoas com esses problemas bebam sucos naturais, mas dá para fazer uma sangria com vinho branco Chardonnay seco. Você põe uma garrafa de vinho, um copo de suco de laranja, um copo de água mineral e peras, maçãs verdes, pêssegos e uva Thompson branca, sem caroço cortada ao meio. Fica uma delícia. Ou então, faça um ponche, com suco de uva no lugar do vinho!


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