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Matheus Piccini/Fotoarena/Estadão Conteúdo
Brasil e Mundo

Desaparecidos, pânico com chuva e vestígios da destruição: o Rio Grande do Sul um ano após as enchentes

Moradores ainda enfrentam desafios para reconstruir vidas e casas destruídas pelas águas em diversas cidades do estado.

Luan

Luan

Matheus Piccini/Fotoarena/Estadão Conteúdo

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As enchentes no Rio Grande do Sul, que devastaram o estado no ano passado, ainda deixam cicatrizes. No total, 184 pessoas perderam a vida e 25 seguem desaparecidas.

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Com 478 cidades afetadas e 96% do território do estado atingido, a tragédia mobilizou equipes de resgate e esforços de reconstrução. Um ano após as chuvas que arrasaram diversas regiões, a situação continua desafiadora para muitos, como é o caso de Roca Sales, uma das cidades mais atingidas, no Vale do Taquari.

Roca Sales, que antes tinha apenas uma estrada de acesso ao centro da cidade, agora conta com algumas melhorias significativas, permitindo que a população se desloque com mais rapidez.

No entanto, em 2024, a situação era muito diferente. Quando a água subiu, as pessoas precisaram caminhar durante quase 10 horas para chegar ao centro da cidade, como relembra Maurício, um morador local, que na época usou um trator para transportar água e ajuda para os desabrigados. A tragédia deixou 17 mortos na cidade.

Um dos locais que mais simboliza a recuperação é o posto de saúde de Roca Sales, que, um ano após as enchentes, foi completamente reconstruído. As imagens da cidade mostram as marcas da destruição, mas também a força da reconstrução, com muitas famílias trabalhando para recuperar o que perderam.

Em Roca Sales, 150 famílias aguardam pela construção de novas moradias, dependendo da assinatura de contratos entre a prefeitura e os governos federal e estadual.

Em todo o estado, 2.405 casas foram destruídas, com 81.043 desabrigados. Mais de 8.000 famílias receberam ajuda para o pagamento de aluguel ou foram beneficiadas com casas temporárias enquanto as definitivas são erguidas.

Em outras cidades do estado, como Muçum e Sinimbu, o cenário é igualmente desolador. Em Muçum, 80% da cidade ficou submersa, e muitos moradores ainda vivem à margem do perigo.

Na cidade de Sinimbu, a recuperação segue de forma mais lenta. A cidade ainda carrega os vestígios da destruição, com nove pontes destruídas e os sinais de que a força da água levou muito mais do que infraestrutura.

Já Lajeado, embora tenha resistido melhor à força das águas, ainda enfrenta desafios na recuperação. O tráfego só foi totalmente liberado no início deste mês, e 600 casas estão sendo construídas para atender as famílias afetadas.

Fonte: G1


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