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Joaçaba

Diretora do Hospital Universitário Santa Terezinha admite superlotação crítica e pede compreensão da população

Diretora explica que síndromes respiratórias agudas colapsaram os serviços de urgência e emergência, que seguem priorizando casos graves

Éder Luiz

Éder Luiz

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A repercussão da reportagem publicada nesta quarta-feira (18) pelo Portal Éder Luiz Notícias, sobre a superlotação do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), em Joaçaba, levou a direção da unidade a se manifestar oficialmente. Em nota divulgada nas redes sociais, o hospital já havia confirmado que está enfrentando um cenário de lotação crítica na emergência, com número de atendimentos muito acima da capacidade.

Segundo o comunicado, a equipe está priorizando exclusivamente casos graves e de risco iminente de vida. A reportagem publicada na quarta-feira também destacou o relato de diversas pessoas que reclamaram da longa espera por atendimento.

Em resposta, a diretora geral do HUST, Lindamir Secchi Gadler, conversou com a equipe do Portal Éder Luiz e explicou que a situação é reflexo do atual cenário de aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) em todo o estado, que levou, inclusive, o Governo de Santa Catarina a decretar situação de emergência na saúde pública.

— É um momento delicado. As UPAs, postos de saúde e hospitais estão sobrecarregados. No HUST, atendemos pacientes de 53 municípios da região meio-oeste, e todos os dias chegam casos graves vindos de outras cidades além de Joaçaba e Herval d’Oeste, como Luzerna, Capinzal, Catanduvas, entre outras — destacou Linda.

A diretora reforçou que não há falta de médicos ou de profissionais, mas que a prioridade da urgência e emergência do HUST é atender pacientes com risco de vida, como vítimas de acidentes e casos clínicos graves.

— Se chega um acidentado grave, toda a equipe é mobilizada, e quem não é prioridade precisa aguardar. É necessário bom senso da população neste momento. Não deixaremos de atender, mas precisamos priorizar os casos que realmente são urgentes — enfatizou.

Ela também revelou que:

  • A UTI adulta está com 100% dos 20 leitos ocupados.
  • A taxa de ocupação dos leitos gerais chega a 95%.
  • Cirurgias eletivas estão sendo reagendadas, já que não há disponibilidade na UTI para suporte pós-operatório.
  • Os dias com maior demanda na emergência são segunda, terça e quinta-feira.

A orientação da direção do hospital é para que a população procure, inicialmente, os postos de saúde e UPAs dos seus municípios antes de buscar atendimento no HUST. A classificação na emergência segue critérios de risco, e os pacientes considerados sem gravidade podem enfrentar longas esperas.

— Precisamos da compreensão da comunidade. Estamos fazendo o possível para garantir o atendimento de quem realmente precisa de urgência. O momento é de colaboração — finalizou a diretora.


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