Em vídeo, detento detalha suposta negligência para Covid-19 em Chapecó
Estado e Poder Judiciário contestam acusações sobre Complexo Prisional de Chapecó; vídeo foi divulgado no Facebook.
Em vídeo publicado em um perfil no Facebook, na terça-feira (21), um detento fez graves afirmações de possíveis negligências no sistema de prevenção à Covid-19 do Complexo Prisional de Chapecó, no Oeste de Santa Catarina. O Estado contesta as informações.
Sem se identificar, ao longo de dois minutos e com apenas os olhos expostos, o detento lê uma carta escrita em um caderno. Ele diz que o objetivo do vídeo é “mostrar a realidade do que está acontecendo atrás dos muros do Complexo Penitenciário de Chapecó”. O local conta com mais de 2,4 mil apenados.
“Erramos e estamos pagando pelos nossos erros, não queremos nada mais que um pouco de humanismo. Todos temos famílias que se preocupam com nós”, diz o detento, que afirma ser do regime semiaberto, onde há aproximadamente 500 presos.
Em um trecho, o homem denuncia um cenário de calamidade sanitária que seria enfrentada pelos internos. Conforme ele, presos infectados pela Covid-19 ficam aglomerados aos demais, sem isolamento.
“Estamos sem geladeira, sem fogão, sem nenhum tipo de higiene, sem serviço. Tem cinco barracos isolados aqui na galeria. No total de 60 pessoas com sintomas e vários já confirmados. Presenciamos presos sendo carregados em lençóis e colchões para a saúde [atendimento médico]. Não temos remédio, não tem como manter a distância imposta pelo decreto”, denuncia o homem.
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