Empresário encontrado morto em buraco no autódromo de Interlagos pode ter sido colocado com vida no local, diz polícia

A Polícia Civil de São Paulo investiga a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, encontrado sem vida em um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, na última terça-feira (3). Ele estava desaparecido desde a noite de sexta-feira (30), após participar de um evento de motos no local.

Segundo depoimento prestado à polícia por um amigo que acompanhava Junior no evento, o empresário estava “alterado e bastante agitado” antes de desaparecer. Ainda conforme o relato, ele teria consumido cerveja e maconha adquirida de desconhecidos durante o show do cantor Matuê, que fazia parte da programação do evento.

De acordo com a diretora do Departamento de Homicídios da Polícia Civil, Ivalda Aleixo, a principal hipótese é de que Junior tenha sido colocado no buraco ainda com vida, mas inconsciente, o que indica possibilidade de ato criminoso. O local onde o corpo foi encontrado tinha cerca de três metros de profundidade.

Um laudo preliminar do Instituto de Criminalística aponta possível compressão torácica e asfixia como causas da morte. O Instituto Médico Legal (IML) ainda aguarda os resultados dos exames toxicológico e anatomopatológico, que podem trazer informações mais detalhadas sobre o que aconteceu, como sinais de luta ou presença de substâncias no organismo.

Além disso, na quarta-feira (4), a polícia encontrou roupas e um calçado em uma lixeira próxima ao autódromo, mas a família da vítima não reconheceu os itens como pertencentes ao empresário. O equipamento com câmera preso ao capacete que ele usava no evento também não foi localizado.

A Divisão de Homicídios do DHPP segue com as investigações, ouvindo testemunhas e familiares. A esposa do empresário, Fernanda, de 34 anos, acredita que ele tenha sido vítima de um crime. “Estamos vivendo um pesadelo sem respostas”, afirmou em entrevista ao g1.

Adalberto Junior foi sepultado na quarta-feira (4), em Santana do Parnaíba, na Região Metropolitana de São Paulo. O caso segue sendo tratado pela polícia como morte suspeita.