Fiscalização eletrônica do estacionamento em Joaçaba gera revolta e críticas da comunidade
Moradores e comerciantes afirmam que nova medida afastará consumidores e dificultará o acesso ao centro da cidade
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A decisão da Prefeitura de Joaçaba, em parceria com a Polícia Militar, de implementar um novo sistema de fiscalização eletrônica no estacionamento rotativo está gerando forte insatisfação entre moradores e comerciantes. A medida, que permitirá a aplicação de multas de forma remota, sem a presença de um agente no local, vem sendo criticada por motoristas que alegam que a cidade já enfrenta dificuldades com a falta de vagas e que a nova fiscalização tornará o sistema ainda mais punitivo.
Leitores entraram em contato com a reportagem para expressar indignação, afirmando que Joaçaba deveria repensar sua política de estacionamento, já que, além da escassez de vagas, agora haverá mais um fator que pode afastar consumidores do comércio local.
Como funcionará a nova fiscalização
De acordo com a Polícia Militar, a fiscalização remota está respaldada por uma norma do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de 2022, que autoriza esse tipo de monitoramento desde que as vias estejam devidamente sinalizadas. Com isso, todas as ruas onde há estacionamento rotativo serão equipadas com placas informando sobre a fiscalização eletrônica.
O sistema será operado por um veículo da empresa responsável pelo estacionamento rotativo, que circulará pelas ruas com câmeras registrando possíveis infrações. As imagens captadas serão enviadas à Polícia Militar, responsável pela emissão das multas. No entanto, os autos de infração não precisarão conter imagens como prova.
A justificativa apresentada para a medida é a melhora na eficiência da fiscalização e o aumento da rotatividade nas vagas, facilitando o acesso de motoristas ao comércio da cidade. Antes da implantação, a prefeitura garantiu que as ruas monitoradas serão devidamente sinalizadas.
Repercussão negativa e pedidos de revisão
Apesar de ser uma ação embasada na legislação, a nova fiscalização está sendo classificada como polêmica, já que amplia a penalização dos motoristas em um cenário onde a oferta de vagas já é considerada insuficiente.
Muitos moradores afirmam que a medida não resolve o verdadeiro problema, que seria a falta de planejamento para o estacionamento na cidade. “A Prefeitura deveria pensar em soluções para aumentar a disponibilidade de vagas, em vez de criar mais formas de multar a população”, reclamou um leitor.
Comerciantes também demonstram preocupação, alegando que a nova regra pode afastar clientes e prejudicar ainda mais o movimento no centro. “As pessoas já evitam vir ao centro por conta da dificuldade de estacionamento. Agora, com o medo de serem multadas sem sequer perceberem, vão evitar ainda mais”, lamentou um empresário local.
A insatisfação geral levanta questionamentos sobre a necessidade de um debate mais amplo com a população antes da adoção de medidas que impactam diretamente a rotina dos cidadãos e o comércio local.
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