Governo autoriza retirada de valores do FGTS retido do saque-aniversário
Liberação será feita em duas etapas e beneficia trabalhadores demitidos desde 2020
O governo federal oficializou nesta terça-feira (23) a liberação do saldo do FGTS que estava bloqueado para trabalhadores que optaram pela modalidade de saque-aniversário e foram demitidos. A medida foi estabelecida por meio de uma Medida Provisória e contempla quem perdeu o emprego entre janeiro de 2020 e 23 de dezembro de 2025.
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De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, os valores serão pagos em duas fases. A primeira parcela, limitada a R$ 1.800, deverá ser depositada até o dia 30 de dezembro. Já a segunda etapa prevê a liberação do valor restante até 12 de fevereiro de 2026, conforme o saldo disponível em cada conta vinculada.
A consulta sobre os valores liberados poderá ser feita pelo aplicativo do FGTS, onde também será divulgado o calendário detalhado de pagamentos pela Caixa Econômica Federal. A expectativa do governo é de que a maior parte dos beneficiários receba o dinheiro diretamente na conta bancária cadastrada no sistema.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a decisão busca corrigir distorções criadas pela regra do saque-aniversário, que impede o acesso ao saldo total do FGTS em caso de demissão sem justa causa. Ele destacou que a medida é provisória, enquanto o governo avalia mudanças mais amplas na legislação.
No total, cerca de 14,1 milhões de trabalhadores devem ser alcançados pela liberação, movimentando aproximadamente R$ 7,8 bilhões. Para quem não possui conta bancária vinculada ao aplicativo, o saque poderá ser feito em canais físicos da Caixa, como lotéricas, caixas eletrônicos ou pontos Caixa Aqui.
O ministério alerta, porém, que nem todos conseguirão sacar o valor integral. Em alguns casos, o saldo do FGTS está comprometido com empréstimos realizados por meio da antecipação do saque-aniversário, o que pode reduzir ou até impedir a retirada dos recursos disponíveis.

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