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Fotos: Divulgação / ND / Polícia
Estado

Homem é preso em SC por incentivar automutilação de adolescentes na internet

Investigação aponta uso do Discord para coagir vítimas, compartilhar pornografia infantil e estimular práticas de violência contra si mesmas

Luan

Luan

Fotos: Divulgação / ND / Polícia

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Um homem morador de Agrolândia, no interior de Santa Catarina, foi preso nesta segunda-feira (15) suspeito de integrar uma organização criminosa que atuava na internet incentivando a automutilação de adolescentes e a produção e circulação de pornografia infantil. A prisão é resultado de uma investigação conduzida pela Polícia Civil de São Paulo, com apoio de forças de segurança de outros estados.

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De acordo com a apuração, o grupo utilizava o aplicativo Discord como principal plataforma para atrair vítimas, compartilhar conteúdos ilegais e armazenar arquivos produzidos pelas próprias adolescentes. A atuação da quadrilha veio à tona após denúncias públicas sobre a adultização de crianças nas redes sociais, tema abordado em vídeos do influenciador Felca, que também passou a ser alvo de ameaças, o que contribuiu para o avanço das investigações.

Segundo a polícia, os criminosos se aproximavam das adolescentes ganhando sua confiança em ambientes virtuais. Após esse contato inicial, passavam a solicitar fotos íntimas e, depois de receber o material, iniciavam um ciclo de ameaças para impedir que as vítimas denunciassem os crimes ou interrompessem o envio de novos conteúdos.

Durante o cumprimento dos mandados judiciais, foram apreendidos equipamentos eletrônicos na residência do suspeito em Santa Catarina. No celular, os investigadores encontraram dezenas de contatos de meninas, enquanto no computador havia registros de vídeos que mostram menores praticando automutilação, material que reforça a gravidade das acusações.

As investigações indicam que ao menos 30 adolescentes podem ter sido vítimas do esquema. No início de dezembro, outros integrantes do grupo já haviam sido presos no estado da Bahia. Após essas prisões, a organização criminosa passou a ameaçar autoridades responsáveis pelo caso, incluindo a delegada que coordena a investigação e o Delegado-Geral da Polícia Civil de São Paulo.


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