IMA irá investigar poda drástica dos ipês em Capinzal
Moradores denunciam corte irregular das árvores e envio de imagens leva Instituto do Meio Ambiente a averiguar o caso
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O corte dos ipês roxos na Praça Achilles D’Agnoluzzo, no centro de Capinzal, continua gerando grande repercussão. Após as fortes críticas da comunidade, o Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), por meio da regional de Joaçaba, informou que recebeu denúncias sobre a poda drástica das árvores e vai apurar o caso.
A equipe do órgão ambiental afirmou que, pelas imagens enviadas por moradores, há indícios de que a ação pode ter comprometido as árvores, caracterizando uma intervenção irregular. Segundo o IMA, será feita uma vistoria no local para verificar a real situação das espécies afetadas.
O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) é o órgão responsável pela fiscalização, licenciamento e monitoramento ambiental no estado. Sua atuação envolve a proteção dos recursos naturais, o cumprimento da legislação ambiental e a avaliação de impactos ambientais causados por atividades humanas.
O IMA também recebe denúncias, realiza vistorias e pode aplicar sanções administrativas em casos de infrações ambientais, como desmatamentos irregulares, poluição e podas drásticas sem autorização, garantindo que as normas ambientais sejam cumpridas para a preservação do ecossistema.
No caso da poda dos ipês em Capinzal, o IMA vai realizar uma vistoria técnica para determinar se a ação foi realizada dentro da legalidade e se a remoção das árvores causou impactos ambientais significativos. Caso seja constatada irregularidade, a Prefeitura pode ser notificada ou até penalizada, dependendo da gravidade do dano causado.
Moradores registram novos cortes
Neste sábado (22), moradores flagraram homens com motosserras cortando ainda mais partes das árvores, o que aumentou a indignação. Para muitos, além da poda brusca, faltou diálogo e planejamento, já que as andorinhas que pousavam nos ipês são aves migratórias e permanecem no local apenas por determinados períodos do ano.
Prefeitura se manifesta
Diante da polêmica, a Prefeitura de Capinzal divulgou uma nota oficial esclarecendo que a poda foi realizada a pedido de moradores e comerciantes, e que faz parte de um planejamento para minimizar os impactos causados pela grande concentração de andorinhas no local.
“A presença excessiva dessas aves tem gerado diversas reclamações e preocupações devido ao mau cheiro, sujeira acumulada e risco de doenças”, justificou a administração municipal.
A Secretaria de Infraestrutura e Transportes reforçou que as reclamações eram constantes e que a ação foi tomada dentro dos parâmetros legais. Além disso, anunciou que um Conselho Municipal do Meio Ambiente será formado para que futuras decisões relacionadas à natureza sejam discutidas com um grupo mais amplo de pessoas.
O debate continua
O caso segue dividindo opiniões. Enquanto alguns defendem a necessidade da poda para evitar transtornos, outros questionam a falta de medidas alternativas para minimizar o impacto sem a necessidade de remover as árvores de forma tão drástica.
Com a investigação do IMA em andamento, a expectativa agora é que o órgão esclareça se a poda foi feita dentro das normas ambientais ou se houve irregularidades na ação.
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