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Cezar Maurício Ferreira era servidor concursado do TRT-SC – Foto: Reprodução/Facebook/ND
Estado

Inquérito não indica crime e policiais não deverão responder por morte de dentista

Homem morreu após ser preso por supostamente estar embrigado e morrer em cela.

Luan

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Cezar Maurício Ferreira era servidor concursado do TRT-SC – Foto: Reprodução/Facebook/ND

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Os policiais que participaram da abordagem e prisão do dentista e servidor público Cezar Maurício Ferreira não devem responder criminalmente e não cometeram negligência, afirmou o delegado do caso, Akira Sato, nesta sexta-feira (1º). O dentista foi preso por dirigir embriagado — apesar de laudo não apontar álcool no sangue — e morreu por arritmia cardíaca em uma cela do Plantão da Polícia Civil, em São José, na Grande Florianópolis.

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Os detalhes da investigação sobre a morte do dentista na cela foram divulgados em uma coletiva de imprensa das Forças de Segurança Pública do Estado, realizada nesta sexta.

Em 25 de julho, Cezar sofreu um acidente de carro em São José. Conforme o advogado da família, Wilson Knöner, os policiais confundiram o que seria um ataque cardíaco com embriaguez. A PM afirma que percebeu sinais de embriaguez e que o dentista não conseguiu realizar o teste do bafômetro.

O dentista deu entrada na delegacia às 20h49 e foi encontrado morto na cela às 7h40 da manhã seguinte, no sábado (19). A família acusa os policiais de não chamarem socorro médico e de não informarem aos familiares de que ele havia sido preso. “Em vez de receber o socorro médico que poderia ter salvado sua vida, Cezar foi detido”, afirma o advogado.

Um vídeo do depoimento do dentista — feito após a prisão — mostra que Cezar estava desorientado e não conseguia fornecer contatos de familiares à delegada de plantão.

No entanto, segundo o delegado do caso, a prisão por embriaguez — seja alcoólica ou medicamentosa — é protocolo, e que, no momento, Cezar não indicou que precisava de atendimento médico. “Ele só estava confuso, não estava respondendo corretamente e não apresentou queixas de dor, não pediu nada, nenhum auxílio”, explicou Sato.

Akira Sato concluiu que apenas um médico seria capaz de perceber que o dentista estava com problemas cardíacos. “Não havia a menor possibilidade de um policial, cidadão ou de qualquer outro profissional que não fosse da área médica, com esses sintomas de forma isolada, atestar um problema cardíaco. Isso, para mim, é indiscutível”, cravou o delegado.

Questionado sobre o “odor etílico”, descrito pelos policiais militares que o abordaram no acidente, o delegado afirmou que não se tratou de um erro, já que o odor é algo “subjetivo”. A perícia apontou que a combinação de medicamentos pode ter gerado um odor semelhante ao do álcool.

“No meu entendimento, é uma percepção individual e subjetiva de cada ser humano. Além disso, foi somente um dos sinais que indicam embriaguez: andar cambaleante, dificuldade motora, alteração da capacidade psicomotora, fala arrastada, ausência de memória, desorientação, dispersão e olhos vermelhos”, afirmou o delegado.

Fonte: ND+


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