Lucro da BRF subiu 15% no quarto trimestre e foi recorde no ano
Empresa teve ganho de R$ 868 milhões de outubro a dezembro e de R$ R$ 3,7 bi em 2024
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Após acumular ganhos no quarto trimestre de 2024 e fechar o último ano com desempenho financeiro histórico, a BRF mantém a aposta em bons resultados para 2025. A empresa registrou lucro líquido de R$ 868 milhões entre outubro e dezembro de 2024, alta de 15% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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A receita líquida da BRF chegou a R$ 17,5 bilhões no quarto trimestre, avanço de 21,6%. Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no período teve incremento de 47,2%, e atingiu R$ 2,8 bilhões.
No fechamento de 2024, a empresa de alimentos registrou recordes no desempenho financeiro, graças ao aumento no volume de vendas. O lucro líquido somou, pela primeira vez, R$ 3,7 bilhões — em 2023, a BRF havia registrado prejuízo de R$ 1,87 bilhão.
O expressivo aumento nos ganhos se deu pelo crescimento da receita líquida em 14,5%, com a marca inédita de R$ 61,4 bilhões. Ainda em 2024, o Ebitda ajustado alcançou R$ 10,5 bilhões, melhor resultado para um ano, e um salto de 122,6%.
De acordo com Fábio Mariano, vice-presidente de finanças e relações com investidores da BRF, a companhia tem totais condições de repetir esse desempenho.
“O ano [de 2024] tinha inicialmente uma previsão de Ebitda de R$ 6 bilhões, mas fechamos em R$ 10,5 bilhões. De certa forma, os fundamentos para esse resultado se mantêm em 2025. Temos bons preços de proteína para todos os destinos, e bom ambiente no consumo de processados no Brasil”, disse Mariano em coletiva de imprensa para comentar os resultados.
Ainda em seu balanço financeiro, a BRF também reportou geração de caixa livre de R$ 6,5 bilhões em 2024, a maior desde a criação da empresa, e fechou o ano com redução da dívida líquida e uma alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) de 0,79 vez.
Com resultados robustos, a empresa pode direcionar esforços para colher os frutos das recentes empreitadas, como parte da aquisição da Addoha Poultry Company, uma das principais empresas sauditas do setor avícola, e também da fábrica de processados na província de Henan, na China.
“Estamos performando bem, pois já nos primeiros meses do ano, temos resultados promissores nesses novos mercados. Vamos nos manter preparados para capturar as oportunidades”, afirmou Miguel Gularte, CEO da BRF.
Em novembro passado, Fábio Mariano mencionou que a companhia contava com mais de R$ 1 bilhão para projetos em fase de avaliação, que podem ou não serem executados.
“Temos um pipeline grande de projetos, o que não quer dizer que tudo será aprovado. Mas é importante investir, porque a demanda seguirá firme para os próximos anos. A população vai crescer desproporcionalmente em regiões relevantes, como Oriente Médio e Ásia, e temos que estar preparados para esse crescimento”, afirmou.
Os prognósticos para os trimestres seguintes são favoráveis para a empresa, mesmo diante de um surto de gripe aviária nos EUA, que também atinge algumas regiões na Europa. Na visão de Miguel Gularte, a doença não deve causar disfunções no fluxo de produtos.
“Não vemos nenhum desequilíbrio de oferta e demanda, que está em perfeita harmonia, mesmo em meio a casos da doença. Além disso, as empresas possuem muitas alternativas de mercado [em caso de possíveis bloqueios comerciais], e esse impacto sanitário é menos sentido”, disse.
Para Mariano, o Brasil fez a lição de casa, e está menos suscetível a mudanças de mercado, que podem ser causadas pela gripe aviária. “O sistema sanitário do Brasil funciona de forma assertiva, com o trabalho em conjunto de toda a cadeia. O país está muito mais preparado que há um ano”, afirmou.
Fonte: Globo Rural
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