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Saúde

Médicos alertam sobre os riscos da nimesulida, proibida em diversos países

Especialistas destacam preocupações com a hepatotoxicidade do medicamento, ainda disponível no Brasil

Pedro

Pedro

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Uso da nimesulida e riscos para o fígado

A nimesulida é um anti-inflamatório amplamente utilizado no Brasil para tratar dores agudas e inflamações. No entanto, especialistas alertam para seus potenciais efeitos adversos, principalmente no fígado. Embora continue disponível no Brasil, diversos países, como Espanha, Finlândia, Irlanda, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Suécia, Japão, Canadá e Estados Unidos, proibiram sua comercialização após registros de casos graves de hepatotoxicidade.

Pesquisas indicam que a nimesulida pode causar danos hepáticos severos, possivelmente devido a alterações no funcionamento das mitocôndrias, levando à morte das células do fígado. Devido a esses riscos, vários países optaram por retirar o medicamento do mercado.

Situação no Brasil

No Brasil, apesar do amplo uso, não há registros documentados de hepatotoxicidade confirmada relacionada à nimesulida. No entanto, especialistas recomendam cautela, reforçando a importância de acompanhamento médico, evitando tratamentos prolongados e monitorando sinais de possíveis problemas hepáticos.

Regulamentação e decisões da Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mantém o registro da nimesulida ativo, permitindo sua comercialização. Entretanto, em 2017, a agência interditou um lote específico do medicamento produzido pela empresa Brainfarma, após o Instituto Adolfo Lutz identificar irregularidades nos testes de qualidade, como teor inadequado do princípio ativo e falhas no teste de gotejamento. Essas falhas poderiam comprometer a eficácia e a segurança do medicamento.

Além disso, em 2021, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, decidiu não incorporar anti-inflamatórios não esteroides tópicos para dor crônica musculoesquelética ou osteoartrite no Sistema Único de Saúde (SUS). Embora essa decisão não cite diretamente a nimesulida, reflete uma postura cautelosa na adoção de certos medicamentos devido a preocupações com segurança e eficácia.

Alternativas mais seguras

Diante das restrições internacionais e dos alertas médicos, especialistas recomendam que pacientes e profissionais de saúde considerem alternativas terapêuticas com perfis de segurança mais estabelecidos, especialmente para indivíduos com histórico de problemas hepáticos ou outras condições que possam aumentar o risco de reações adversas.


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