Nova cepa do coronavírus evolui para infectar humanos e com potencial global, alerta estudo
Variante HKU5 encontrada em morcegos já mostra sinais de adaptação ao corpo humano e está a um passo infectar pessoas.

Um novo estudo liderado por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, acendeu um sinal de alerta no mundo. Os cientistas descobriram que uma nova versão do coronavírus, chamada HKU5-CoV-2 e encontrada em morcegos, pode estar a apenas uma pequena mutação de conseguir infectar humanos – o que levanta o risco de uma nova pandemia.
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Esse vírus faz parte do mesmo grupo do MERS, que já causou epidemias principalmente no Oriente Médio e matou um terço dos infectados. O HKU5 mostrou, nos testes feitos em laboratórios, que possui a habilidade de se conectar ao receptor ACE2 das células de morcegos – o mesmo receptor que a SARS-CoV-2, que causou a pandemia global em 2020, usou.
O artigo foi publicado na revista Nature Communications, uma das mais prestigiadas na área de ciências da natureza.
Nova cepa do coronavírus usa a mesma ‘porta de entrada’ das células que a SARS-Cov-2
Os pesquisadores descobriram que o HKU5 se liga com facilidade ao receptor ACE2 dos morcegos da espécie Pipistrellus abramus, mas algumas mutações podem permitir que ele também se ligue ao ACE2 humano – o que abriria caminho para infecções em pessoas.
Um detalhe preocupante é que esses morcegos vivem perto de áreas habitadas por humanos. Isso aumenta as chances de que o vírus “pule” diretamente dos animais para as pessoas, sem passar por outro animal intermediário, como aconteceu com o vírus da Covid-19.
Até o momento, não há evidências de que a nova cepa do coronavírus tenha infectado humanos. Mas os cientistas destacam que o risco é real e que é essencial manter a vigilância, seguir pesquisando e investir em vacinas que possam proteger contra vários tipos de coronavírus.
O estudo também apontou que a estrutura desse novo vírus pode facilitar sua adaptação ao corpo humano. Algumas versões do HKU5 já mostram sinais de que estão evoluindo para se adaptar melhor ao nosso organismo, o que torna ainda mais urgente acompanhar esses avanços.
Para evitar novos surtos, os especialistas recomendam reduzir o contato com animais silvestres, como morcegos, além de adotar a abordagem “Uma Só Saúde”, que considera a interconexão entre a saúde dos humanos, dos animais e do meio ambiente.
Fonte ND+
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