A luta contra a obesidade tem ganhado aliados poderosos com o desenvolvimento de medicamentos inovadores que prometem auxiliar na perda de peso de forma eficaz. A seguir, apresentamos os principais fármacos que têm se destacado recentemente, suas indicações, benefícios, possíveis efeitos adversos e os estudos que embasam seu uso.
A tirzepatida, comercializada como Mounjaro e Zepbound, é um agonista duplo que atua nos receptores dos hormônios GLP-1 e GIP, envolvidos na regulação do apetite e do metabolismo da glicose. Estudos demonstraram que pacientes tratados com tirzepatida alcançaram uma redução média de 20% do peso corporal em 72 semanas. Além disso, uma pesquisa comparativa indicou que a tirzepatida é 47% mais eficaz na perda de peso em relação à semaglutida, princípio ativo do Wegovy e Ozempic. Os efeitos colaterais mais comuns incluem náuseas, diarreia e vômitos, geralmente de intensidade leve a moderada.
A semaglutida, conhecida comercialmente como Wegovy ou Ozempic, é um agonista do receptor GLP-1 que promove a sensação de saciedade e retarda o esvaziamento gástrico. Estudos clínicos mostraram que pacientes utilizando semaglutida tiveram uma perda de peso média de 15% em 68 semanas. Os efeitos adversos mais frequentes são relacionados ao trato gastrointestinal, como náuseas e diarreia. Recentemente, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou que avaliará a incorporação da semaglutida ao SUS no primeiro semestre de 2025.
A retatrutida é um medicamento experimental que atua em três hormônios: GLP-1, GIP e glucagon. Em estudos preliminares, pacientes tratados com retatrutida apresentaram uma redução de até 24% do peso corporal em 48 semanas, superando os resultados de outros medicamentos disponíveis atualmente. Os efeitos colaterais observados foram semelhantes aos de outros agonistas de GLP-1, incluindo sintomas gastrointestinais.
A amicretina é uma nova aposta da Novo Nordisk, combinando a ação de um agonista de GLP-1 com a amilina, um hormônio que promove a saciedade. Em estudos de fase 1, pacientes que receberam a dose mais alta de amicretina oral tiveram uma perda de até 13% do peso corporal em 12 semanas. A versão injetável demonstrou uma redução de 22% do peso em 36 semanas. Os efeitos adversos mais comuns foram leves a moderados, principalmente relacionados ao trato gastrointestinal.
Os avanços no desenvolvimento de medicamentos para o tratamento da obesidade têm proporcionado opções mais eficazes para pacientes que buscam a perda de peso. No entanto, é fundamental que o uso desses fármacos seja acompanhado por profissionais de saúde e integrado a mudanças no estilo de vida, como dieta equilibrada e prática regular de exercícios físicos, para maximizar os benefícios e minimizar os riscos associados. Além disso, a individualização do tratamento é essencial, considerando as características e necessidades específicas de cada paciente.
Éder Luiz Notícias
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