Operação em Florianópolis investiga suspeito de vender pornografia infantil na Dark Web

Uma operação conjunta entre o Ministério Público Federal (MPF) e o CyberGAECO, do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), foi realizada na manhã desta terça-feira, dia 15, em Florianópolis, para cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um suspeito de envolvimento em um esquema internacional de comercialização de material de abuso sexual infantil na Dark Web.

A ação, batizada de Operação Pharos, tem como alvo um homem investigado por administrar plataformas clandestinas de venda de conteúdos pornográficos com vítimas menores de idade. O esquema envolvia compradores no Brasil e em outros países, conforme o Ministério Público.

De acordo com o CyberGAECO, o suspeito utilizava carteiras de Bitcoin hospedadas em domínios da Dark Web para realizar as transações ilegais com criptoativos, dificultando o rastreamento das operações e ocultando sua identidade. Após as negociações, ele ainda extorquia os compradores, utilizando capturas de tela das conversas como forma de ameaça.

As investigações tiveram início com informações repassadas pela Agência de Investigação Interna dos Estados Unidos (Homeland Security Investigations – HSI), ligada à embaixada norte-americana. A partir do monitoramento das movimentações financeiras, os investigadores identificaram também um cidadão dos EUA como parte do esquema, responsável por realizar transferências de criptomoedas diretamente ligadas à comercialização do conteúdo.

A operação contou com o apoio da Polícia Científica de Santa Catarina, que atuou na preservação das provas recolhidas no local. O Núcleo de Inteligência do Tribunal de Justiça de SC (NIS/TJSC) também participou da ação.

O caso segue sob sigilo judicial, e novas informações poderão ser divulgadas conforme o andamento das investigações.