Papa Francisco enfrenta infecção polimicrobiana e estado de saúde é considerado complexo

O Papa Francisco, de 88 anos, está com uma infecção polimicrobiana no trato respiratório e seu estado de saúde é considerado "complexo". A informação foi divulgada pelo Vaticano na manhã desta segunda-feira (17), no quarto dia de internação do pontífice no hospital Gemelli, em Roma.

Segundo o comunicado oficial, exames recentes indicaram a necessidade de ajustes na terapia, e o Papa permanecerá internado pelo tempo necessário. "Os resultados dos testes realizados nos últimos dias demonstraram uma infecção polimicrobiana do trato respiratório, o que levou a uma nova modificação do tratamento. Todos os exames são indicativos de um quadro clínico complexo que exige internação hospitalar adequada", informou a Santa Sé.

Mais cedo, um porta-voz do Vaticano declarou que Francisco apresentava condição estável, havia dormido bem, tomado café da manhã e estava de bom humor. No entanto, não foi confirmado se ele voltou a apresentar febre, como ocorreu nos primeiros dias de internação.

Repouso absoluto e cancelamento de compromissos

Com a piora no quadro, os médicos do pontífice determinaram repouso absoluto, levando ao cancelamento de todos os compromissos. Mesmo assim, segundo a emissora italiana Mediaset, Francisco manteve sua rotina de ligações para membros de uma paróquia católica em Gaza durante o fim de semana. Além disso, ele pediu desculpas por não poder comparecer à oração dominical na Praça de São Pedro e à missa especial para artistas em comemoração ao Ano Jubilar da Igreja Católica.

Histórico de problemas respiratórios

Francisco enfrenta problemas respiratórios desde jovem. Aos 21 anos, perdeu parte do pulmão direito devido a uma pneumonia grave e cistos pulmonares. No início deste mês, o pontífice mencionou estar com um "forte resfriado", posteriormente identificado como bronquite. Em diversas ocasiões recentes, precisou pedir que assessores lessem seus discursos devido às dificuldades respiratórias.

Agora, a expectativa é que o Papa continue sob acompanhamento médico rigoroso para tratar a infecção e evitar complicações.